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Enorme nuvem de poeira pode ter sido a causa da extinção dos dinossauros, diz estudo

31 out 2023 - 14h49
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Você provavelmente já ouviu falar sobre o asteroide que extinguiu os dinossauros do planeta Terra há mais de 66 milhões de anos, certo? Mas como uma pedra gigante, com cerca de 10 quilômetros de diâmetro, pode ter impactado a vida em um planeta inteiro? Muitas respostas surgiram para essa pergunta nas últimas décadas. 

Porém um estudo recente, publicado na revista Nature Geoscience, pode ter confirmado a tese de que a poeira levantada no impacto do asteroide seria a principal razão para que mais de 70% da vida no planeta fosse extinta.

Qual é a relação da poeira com a extinção dos dinossauros 

A ideia é a seguinte: apesar de não ter vitimado toda as espécies durante o impacto, a chegada do asteroide levantou quantidades exorbitantes de poeira fina do chão, a ponto de fazer com que a luz do sol fosse bloqueada em boa parte da Terra. 

Isso fez com que o planeta esfriasse, criando uma Era do Gelo temporária, que foi muito agressiva para as espécies existentes na época. Além disso, a poeira teria diminuído a capacidade de muitas plantas realizarem a fotossíntese, o que impactou diretamente na cadeia alimentar.

Enorme nuvem de poeira, causada a partir do impacto de um asteroide, teria sido a causa da morte dos dinossauros
Enorme nuvem de poeira, causada a partir do impacto de um asteroide, teria sido a causa da morte dos dinossauros
Foto:  Getty Images  / Tecmundo

"Os autores sugerem que o pó de silicato, juntamente com a fuligem e o enxofre, teria bloqueado a fotossíntese e sustentado um impacto no inverno por tempo suficiente para causar o colapso catastrófico da produtividade primária, gerando uma reação em cadeia de extinções", disse o comunicado dos pesquisadores à imprensa. A poeira teria ficado suspensa por até 15 anos, o que seria o suficiente para causar mudanças bruscas em todo o planeta.

Mas como o estudo chegou a essa conclusão? A abertura de uma "caixa preta" de milhões de anos atrás foi fundamental para os pesquisadores, no caso uma enorme "mina de poeira". Esse depósito, localizado na Dakota do Norte, nos Estados Unidos, estava escondida a mais de um metro de profundidade, e contém grande quantidade de poeira fina do período cretáceo.

Imagem do estudo revela hipótese sobre a formação da nuvem de poeira. (Fonte: Nature Geoscience)
Imagem do estudo revela hipótese sobre a formação da nuvem de poeira. (Fonte: Nature Geoscience)
Foto:  Nature  / Tecmundo

Essa mina está localizada a cerca de 3 mil km ao norte da cratera de Chicxulub, a qual os cientistas atribuem ao famoso asteroide que vitimou os dinossauros. Os pesquisadores usaram métodos modernos com laser para identificar partículas de silicato nas amostras, material determinante para que todos os eventos ocorressem.

Portanto, tudo leva a crer que essa grande reserva de poeira está associada à queda do asteroide.

Estudo novo, ideia nem tanto

Essa tese não é nova, mas já havia sido descartada anteriormente e ganhou sobrevida com o estudo. Durante os anos 80, a ideia de que a nuvem de poeira havia impactado toda a vida na Terra surgiu em divulgações científicas, e ganhou relevância quando a existência da cratera de Chicxulub, no golfo do México, foi confirmada.

Entretanto os estudos do início dos anos 2000 descartaram a hipótese pela falta de evidências, especialmente por não terem sido encontradas amostras suficientes de poeira para sustentar a afirmação. O novo estudo divulgado muda essa perspectiva novamente, fazendo com que a tese da grande nuvem seja possível.

Mantenha-se atualizado sobre os últimos estudos cientificos aqui no TecMundo. Se desejar, aproveite para saber como os cientistas dão nomes para os dinossauros.

Tecmundo
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