Como funcionam os marcapassos?
Saiba mais sobre esses aparelhos que ajudam a salvar vidas corrigindo os batimentos do coração
Criados para problemas do coração, os marcapassos são importantíssimos na história da medicina e ajudam profissionais a captarem os sinais de que o órgão vai bem ou não, ajustando possíveis irregularidades.
Basicamente, os marcapassos são pequenos aparelhos que funcionam como “antenas” transmitindo o que está acontecendo diretamente do nosso coração. Mas eles também ajustam o ritmo dos batimentos, tanto no caso das taquicardias — caracterizadas pelo aumento da frequência cardíaca — , quanto das bradiarritmias — que diminuem o ritmo cardíaco.
Normalmente, os batimentos cardíacos variam entre 60 e 100 por minuto. Quando os valores estão muito abaixo ou acima desses padrões, pode haver algum problema associado.
Eles também são capazes de sincronizar os batimentos cardíacos quando é identificada uma diferença no tempo de contração dos ventrículos direito e esquerdo – é o chamado dissincronismo dos ventrículos. Essa doença faz o coração perder potência e efetividade, características que são devolvidas com o uso dos marcapassos.
Como os marcapassos sincronizam o coração?
Os marcapassos são aparelhos compostos de um gerador de impulsos elétricos associado a um circuito eletrônico integrado, uma bateria e um, dois ou até três eletrodos — fios que geram o estímulo elétrico para o coração.
Os marcapassos podem ser divididos pelas seguintes categorias:
- Convencionais, indicados para pessoas com baixa frequência cardíaca. Por sua vez, se dividem em unicamerais — com um eletrodo e para quem não tem atividade contrátil do átrio — e bicamerais — quando têm dois eletrodos e são indicados para tratamento da doença do nó sinusal e para a maioria dos portadores de bloqueios cardíacos;
- Ressincronizadores cardíacos, normalmente para os que possuem um tipo de bloqueio no coração chamado de ramo esquerdo, causado por miocardiopatia;
- Cardiodesfibriladores implantáveis ou apenas desfibriladores, indicados normalmente para reverter paradas cardíacas.
As baterias desses aparelhos duram em média cinco a 15 anos, porém a duração pode ser menor que isso e para trocá-la é preciso passar por uma pequena cirurgia local.
São também os eletrodos que servem como “antenas”, tanto para captar os batimentos cardíacos quanto para informar ao marcapasso que o coração bateu. Sabendo disso, o marcapasso não precisa criar outro estímulo. Mas se ele não bater, o aparelho gera um estímulo elétrico que dá essa “ordem”.
Eles são colocados cirurgicamente junto do coração e aliviam sintomas de cansaço excessivo ou dificuldade para respirar, que acontecem quando o órgão não está batendo em uma frequência ideal.
Podem ser temporários ou permanentes a depender da doença. No caso de alterações pontuais, costumam acompanhar o paciente por menos tempo. Mas se o caso é uma doença crônica, o marcapasso pode ser para o resto da vida do seu portador.