Tempestade solar atinge a Terra enquanto estamos mais perto do Sol
Enquanto a Terra está em seu ponto de sua órbita mais próximo possível do Sol, nossa estrela disparou uma ejeção de massa coronal em nossa direção
Uma coincidência astronômica ocorre com a Terra nesta quarta-feira (4), quando nosso planeta atinge o periélio — o ponto de sua órbita em que ele fica mais próximo do Sol. Simultaneamente a esse evento anual, uma tempestade geomagnética atingiu nossa magnetosfera hoje.
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Enquanto gira ao redor do Sol, a Terra traça uma linha ligeiramente oval e nossa estrela fica ligeiramente deslocada do centro dessa elipse. Com isso, a cada ano, nosso planeta atinge dois extremos: o ponto mais próximo do Sol (periélio) e o mais afastado (afélio).
No dia 4 de janeiro, ocorre o periélio, ficando aproximadamente 4,8 milhões de km mais perto da nossa estrela do que durante o afélio. Aliás, este segundo evento ocorrerá no dia 6 de julho.
Ao mesmo tempo, enquanto estamos mais próximos do Sol, a estrela nos enviou como "brinde de boas-vindas" uma ejeção de massa coronal, que colidiu com a magnetosfera terrestre, causando uma tempestade geomagnética de pequenas proporções.
Nenhum dos dois eventos causará impacto significativo à Terra ou seus habitantes — a aproximação do Sol não altera o clima terrestre e esta ejeção de massa coronal em específico não causará maiores efeitos, salvo alguns apagões nos sinais de rádio e auroras boreais mais ao Sul do que de costume.
Aliás, algumas fotografias das luzes coloridas do Norte já foram compartilhadas na internet, como esta que observamos abaixo.
Os especialistas em clima espacial classificaram a tempestade geomagnética em andamento como tipo G1, o mais fraco da escala. Essa categoria também pode enfraquecer brevemente as redes elétricas.
Para amanhã, estão previstos novos ventos solares, que devem prolongar os efeitos da tempestade geomagnética de hoje, ainda sem maiores riscos. Atualmente, a face do Sol voltada para nós apresenta cinco grupos manchas solares, de onde vêm as ejeções de massa coronal.
Fonte: SpaceWeather
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