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Sonda da ESA detecta luz verde na atmosfera de Marte

A sonda Trace Gas Orbiter registrou um brilho esverdeado na atmosfera de Marte. Esta foi a primeira vez em que o fenômeno foi detectado na luz visível

10 nov 2023 - 17h49
(atualizado às 21h46)
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A sonda Trace Gas Orbiter (TGO), da Agência Espacial Europeia, detectou um brilho esverdeado na atmosfera de Marte. Os cientistas já esperavam a ocorrência do fenômeno no Planeta Vermelho, mas até então, não havia observações dele na luz visível.

Foto: NASA/JPL-Caltech/Cornell Uni/Arizona State U/E. W. Knutsen / Canaltech

A emissão brilhante acontece devido à recombinação de átomos de oxigênio formados na atmosfera durante o verão marciano. Eles vêm das moléculas de dióxido de carbono, separadas pela ação da luz solar.

Representação da TGO detectando o brilho esverdeado do oxigênio na atmosfera de Marte (Imagem: Reprodução/ESA)
Representação da TGO detectando o brilho esverdeado do oxigênio na atmosfera de Marte (Imagem: Reprodução/ESA)
Foto: Canaltech

Com os ventos, os átomos são transportados a latitudes mais altas, chegando a altitudes de até 60 km. Quando migram ao lado noturno do planeta e param de receber energia do Sol, os átomos se agrupam novamente e emitem luz a altitudes menores.

O fenômeno já havia sido registrado pela sonda Mars Express na luz infravermelha, mas não na visível, como foi a detecção da TGO. Agora que detectaram o brilho no céu do planeta, os cientistas podem usá-lo para estudar a densidade do oxigênio e a composição e dinâmica desta região na atmosfera marciana.

Brilho no céu

Não pense que o brilho noturno é um fenômeno exclusivo de Marte, pois ele também acontece a Terra. Vale lembrar que, apesar de emitir luzes no céu, o brilho noturno é diferente das auroras boreais.

As auroras são formadas quando elétrons do Sol atingem a atmosfera superior de algum mundo, variando em tamanho e formato. O brilho noturno, por outro lado, é mais homogênio. Mesmo assim, ambos podem emitir cores que dependem dos gases atmosféricos presentes em altitudes variadas.

Fonte: Nature Astronomy; Via: ESA

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