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China quer lançar sua própria missão para "repelir" asteroide

Plano é lançar em 2026 uma missão com destino ao asteroide 2020 PN1; ela terá 2 naves: uma vai se chocar contra a rocha e a outra vai observar o resultado

12 jul 2022 - 17h45
(atualizado às 18h39)
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A China está desenvolvendo uma missão rumo a 2020 PN1, um asteroide próximo da Terra, com o objetivo de observar, e desviar a trajetória, da rocha espacial. A missão tem lançamento estimado para 2026, a bordo de um foguete Long March 3B, e seus detalhes foram divulgados por Long Lehao, designer chefe da série de foguetes Long March.

O 2020 PN1 foi descoberto em 2020, e parece ter aproximadamente 40 m de diâmetro. Em uma apresentação, Long sugeriu que a missão irá incluir uma nave projetada especialmente para se chocar contra o asteroide, enquanto outra irá observar a rocha espacial.

Foto: NASA/JPL-Caltech / Canaltech

Se a descrição da missão soa familiar, é porque ela parece combinar os elementos principais das missões DART e HERA, da NASA e Agência Espacial Europeia, respectivamente. A DART irá se chocar contra Dimorphos, uma pequena lua orbitando o asteroide Didymos, com objetivo de mudar sua órbita. Já a HERA irá observar as rochas espaciais no fim da década, com o objetivo de analisar os efeitos da colisão.

Enviar uma espaçonave para impactar um asteroide e mudar sua trajetória é uma das estratégias propostas para impedir uma colisão com nosso planeta. A ideia é que, desde que a rocha seja detectada com antecedência suficiente, um pequeno "empurrão" pode ser o bastante para causar um efeito significativo em sua órbita, a longo prazo, e neutralizar a ameaça.

Vale lembrar que tanto Didymos/Dimorphos e 2020 PN1 são completamente inofensivos para nós. Por isso, são candidatos ideais para um teste.

Em sua fala, Long também relembrou futuras missões de exploração da China, como a Tianwen-2 e a Tianwen-3; a primeira planeja coletar e trazer amostras de um asteroide próximo da Terra, e a segunda será destinada à coleta de amostras em Marte e ao envio de naves espaciais com destino ao sistema de Júpiter.

Por fim, Long reforçou os planos que a China tem para um futuro não tão distante: até 2030, o país planeja levar uma dupla de taikonautas (o nome dado aos astronautas chineses) à Lua, e está trabalhando em foguetes lançadores alimentados por metano líquido e oxigênio, que serão reutilizáveis.

Fonte: Via: SpaceNews

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