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Animais

Cúpula para salvar tigre da extinção acaba em tom otimista

24 nov 2010 - 13h00
(atualizado às 14h16)
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Dirigentes de 13 países onde o tigre ainda vive, começando pelo primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, demonstraram vontade política inédita durante uma cúpula dedicada a discutir meios de garantir a sobrevivência desta espécie, que terminou em tom de otimismo nesta quarta-feira.

"É um acontecimento histórico. É como um sonho que se tornou realidade", declarou entusiasmado o chefe da delegação indiana, Satya Prakash Yadav, ministro do Meio Ambiente da Índia, que falou na sessão de encerramento.

Putin e quatro outros primeiros-ministros da Ásia (China, Laos, Nepal e Bangladesh), além de Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial que supervisiona o financiamento dos programas de proteção ao tigre, participaram desta cúpula de quatro dias em São Petersburgo.

O ator americano Leonardo DiCaprio, que participou da cúpula, doou US$ 1 milhão para o programa de proteção do felino, que corre risco de extinção. Notório defensor da natureza, Putin fez um apelo à comunidade internacional para que salve a espécie da "catástrofe".

O coração do problema está na Índia e na China. O subcontinente indiano abriga metade dos tigres existentes, e representa 54% dos casos documentados de caça ilegal. Os chineses, por sua vez, são os principais consumidores de produtos derivados do animal, muito utilizados pela medicina tradicional.

Os participantes da cúpula aprovaram na terça-feira uma declaração, cujo objetivo é "dobrar o número (de tigres) até 2022", próximo ano do tigre no calendário chinês. Em um século, o número de indivíduos passou de 100 mil a 3,2 mil. Três subespécies desapareceram completamente, e várias outras, como o tigre de Bengala e o siberiano, estão gravemente ameaçadas.

A cúpula de São Petersburgo, primeira reunião de chefes de Estado e governo - com a participação de organizações internacionais - para salvar uma espécie, deve ser concluída com o desbloqueio de US$ 380 milhões ao longo de cinco anos, para pôr em marcha um plano de ação mundial, segundo estimativas apresentadas nesta quarta-feira no encerramento da cúpula.

Mais de US$ 200 milhões devem vir de países e fundos ambientais. A Alemanha comprometeu-se com US$ 29 milhões, os Estados Unidos, com US$ 11 milhões, e a organização WWF, com US$ 53 milhões. Outros US$ 180 milhões devem vir em forma de créditos, em particular do Banco Mundial (US$ 120 milhões).

O leopardo-das-neves, segundo o livro vermelho da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), está ameaçado de extinção e estima-se que sua população na natureza esteja entre 4.080 e 6.590 animais
O leopardo-das-neves, segundo o livro vermelho da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), está ameaçado de extinção e estima-se que sua população na natureza esteja entre 4.080 e 6.590 animais
Foto: AFP
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