CEO do X, ex-Twitter, teve síndrome do impostor no comando da empresa de Elon Musk; saiba como foi
Linda Yaccarino revela como um depoimento no Senado dos EUA transformou sua carreira
Foi diante do Senado dos EUA que a CEO do X, Linda Yaccarino, juntou-se aos clube dos CEOs de Big Techs como Meta e TikTok para responder como protegeriam melhor as crianças da exploração sexual em suas plataformas.
Se Yaccarino, que estava no cargo mais alto da plataforma de propriedade de Elon Musk há meio ano, soubesse que aquelas poucas horas seriam um momento tão importante em sua carreira, ela poderia ter se oferecido para comparecer na audiência espontaneamente, como Mark Zuckerberg e Shou Chew, do TikTok, em vez de ser obrigada por meio de uma intimação.
"Essa foi uma das experiências mais profundas de minha vida, que me ensinou muitas coisas", disse Yaccarino na segunda-feira, 17, quase seis meses depois de ter concordado em depor como testemunha.
Falando no Festival de Cannes, Yaccarino revelou que a experiência no Capitólio a ajudou a se livrar de qualquer sentimento incômodo de que não havia conquistado com mérito o cargo de CEO do X e de que não pertencia à empresa, um sentimento comumente conhecido como síndrome do impostor.
Ao ir para as audiências, Yaccarino disse que estava na empresa há apenas seis meses e, portanto, não tinha o que ela chamou de "profundidade de conhecimento" e estabilidade de que desfrutavam seus quatro colegas homens sentados ao seu lado no painel.
"Não sou engenheira, não sou fundadora e meu tipo natural de formação ao longo da carreira não foi em tecnologia e mídia social", disse ela em uma conversa com Shelley Zalis, fundadora e CEO da Female Quotient. "E, por falar nisso, eu era a única mulher."
'Ela detonou'
Quando Musk pediu aos populares streamers da Twitch que mudassem para o X, atacando sua rival de propriedade da Amazon por não conseguir policiar seu conteúdo, ele foi prontamente ridicularizado pela infestação de bots em sua própria plataforma.
Dias depois, o X anunciou sua própria mudança de rumo e reformulou seus termos de serviço para permitir especificamente o compartilhamento de pornografia. Posteriormente, eliminou qualquer possibilidade de ver as curtidas dos usuários.
Em outras palavras, Yaccarino e sua equipe ainda têm muito trabalho a fazer para que o X se torne de fato um super app. No momento, os usuários passam apenas 35 minutos por dia na plataforma, de acordo com Yaccarino. Embora ela acredite que isso "só aumentará" no futuro, quando os pagamentos forem implementados a partir do mercado dos EUA, esse número ainda está longe da meta declarada de que os usuários passem, em suas palavras, "a maior parte de suas vidas" na plataforma.
Mas sua experiência ao testemunhar ao lado de quatro colegas sobre segurança online de crianças e da exploração sexual nas redes sociais ajudou a aumentar sua confiança para ter sucesso também nessa tarefa. A entrevistadora Zalis, do Female Quotient, concordou rapidamente: "Se você realmente assistir à audiência, era Linda e cinco caras - e ela os detonou".
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