Cápsula radioativa que estava perdida Austrália é encontrada
O material, que é do tamanho de uma ervilha, caiu de um caminhão enquanto era transportada na Austrália
Há algumas semanas, um compartimento com material altamente radioativo (o famoso césio 137, que causou o acidente radiológico em Goiânia), foi perdido na Austrália. O desaparecimento estava causando sérias preocupações em autoridades, já que alguém poderia manusear o recipiente de forma inadequada e causar um cenário extremamente perigoso. Felizmente ele foi encontrado nesta quarta-feira (1º).
A cápsula em questão, que é do tamanho de uma ervilha, caiu de um caminhão enquanto era transportada do norte de Newman (cidade remota na região de Kimberley), Nordeste de Perth. Membros das equipes de busca tinham declarado que encontrá-la seria como achar uma "agulha num palheiro".
O compartimento foi encontrado ao sul da cidade de Newman, detectado por um dispositivo que apita quando capta radiação, em um dos veículos das equipes de busca. Assim que o aparelho disparou, os integrantes da equipe desceram do carro e encontraram a cápsula na estrada.
O governo australiano havia emitido um comunicado oficial avisando sobre a perda do recipiente na última sexta-feira (27) e pedindo alerta da população. Em razão do tamanho pequeno dele, de 8 milímetros de altura e 6 milímetros de largura, o governo também destacou que era possível que a cápsula ficasse presa a sulcos de pneus de carros ou caminhões.
A Rio Tinto, empresa responsável pelo transporte do material, publicou um pedido de desculpas no domingo (29). O compartimento pertencia a uma das minas da empresa.
Perigos envolvidos
O césio 137, elemento perigoso, é normalmente utilizado dentro dos medidores, em operações de mineração, de acordo com o Departamento de Bombeiros e Serviço de Emergência. Entrar em contato com ele é equivalente a receber dez raios-X dentro de uma hora. Ele causa queimaduras, e em casos de exposição prolongada, até câncer.
De acordo com Leandro Tessler, físico e professor da Unicamp, "é energia suficiente para atravessar a gente e interagir com o nosso DNA, causando danos à sua estrutura e mutações. Seja 5, 10, ou até 20 metros de distância, você já está em algum risco".