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Partido Pirata quer distância da briga entre direita e esquerda

1 fev 2013 - 11h39
(atualizado às 14h44)
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Os membros do Partido Pirata brasileiro querem ser um "pontinho fora da estatística" na briga entre direita e esquerda no Brasil. Lutando para ver o movimento transformado em partido e buscando disputar as próximas eleições, os piratas brasileiros evitam se impor rótulos políticos. "Os cientistas políticos que se virem. Não somos nós que vamos nos definir", afirmou ao Terra o coordenador Sudeste do partido, Leandro Chemalle.

Camisetas do Partido Pirata brasileiro são expostas na Campus Party Brasil
Camisetas do Partido Pirata brasileiro são expostas na Campus Party Brasil
Foto: Ismael Cardoso / Terra

O grupo participa da Campus Party Brasil 2013, que vai até domingo no Anhembi Parque, em São Paulo, divulgando as ideias do movimento, que existe em 63 países e em 23 deles como partido legalizado. "Não somos um partido que nasce com uma visão de mundo completa. Os membros é que decidem a posição. O debate é que vai nos definir politicamente", afirma o tesoureiro-geral do partido, Wladimir Crippa.

A convenção de fundação do partido aconteceu em julho do ano passado, durante a Campus Party Recife, em Pernambuco, quando foram aprovados o estatuto e o programa do partido, além de ter sido realizada a eleição da convenção nacional, formada por 10 pessoas. Para isso, eles reuniram 115 fundadores de 15 Estados. O próximo passo é a publicação desses documentos no Diário Oficial da União. Para fazer isso, o grupo precisa de R$ 20 mil, obtidos através de doações no site e da venda de camisetas, por exemplo.

Na previsão mais otimista, conseguimos publicar em fevereiro", afirmou Crippa. A partir dessa publicação vem a parte mais difícil: coletar as mais de 500 mil assinaturas em todos os Estados brasileiros para que o partido seja reconhecido. "Já temos contatos em todas as regiões, e lançamos nesta semana nossa rede social para organizar a coleta de assinaturas. Por enquanto, ela só funciona por convites, e será aberta quando estiver mais estável", disse Chemalle.

A coleta de assinaturas só pode começar após a publicação do estatuto e do programa no Diário Oficial. Por isso, durante a Campus Party, os piratas ainda não podem iniciar esse processo, que é demorado. As assinaturas são recolhidas e registradas em cada uma das zonas eleitorais brasileiras e todos os Estados, distribuidas de acordo com o número de eleitores. Depois disso, precisam ser conferidas e deferidas pelo juiz eleitoral.

Se o Partido Pirata conseguir passar por todos esses trâmites até outubro, pode lançar candidatos nas eleições de 2014. Chemalle acredita que isso é possível. "A gente está começando a ter pessoas interessadas ligadas ao meio ambiente, educação e movimentos sociais. Esses grupos estão se dando conta de que esse não é um movimento exclusivo da internet", afirmou.

O Partido Pirata foi fundado na Suécia em 2006, com três pontos principais: defender o direito à privacidade na internet, transformar as leis de copyright e o sistema de patentes. No Brasil, o movimento nasceu dentro da primeira Campus Party, em 2008.

Campus Party Brasil 2013

A sexta edição da Campus Party Brasil, uma das maiores festas de inovação, tecnologia e cultura digital do mundo, acontece entre 28 de janeiro e 3 de fevereiro no Anhembi Parque, em São Paulo. Na Arena do evento, 8 mil pessoas têm acesso à internet de alta velocidade e a mais de 500 horas de palestras, oficinas e workshops em 18 temáticas, que vão desde mídias sociais e empreendedorismo até robótica e biotecnologia. Cinco mil desses campuseiros passam a semana acampados no local.

A 6ª edição traz ao Brasil nomes como o astronauta Buzz Aldrin, um dos primeiros homens a pisar na Lua, e o fundador da Atari, Nolan Bushnell. Em sua sexta edição em São Paulo, a Campus Party também teve no ano passado a primeira edição em Recife (PE). O evento acontece ainda em países como Colômbia, Estados Unidos, México, Equador e Espanha, onde nasceu em 1997.

Nas edições brasileiras anteriores, o evento trouxe ao País nomes como Tim Berners-Lee, o criador da Web; Kevin Mitnick, um dos mais famosos hackers do mundo; Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos; Steve Wozniak, que fundou a Apple ao lado de Steve Jobs; e Kul Wadhwa, diretor-geral da fundação Wikimedia,que mantém a Wikipédia.

O Terra cobre o evento direto do Anhembi Parque e, além do canal especial Campus Party Brasil 2013, os internautas podem acompanhar as novidades pelo blog Direto da Campus. Para seguir a festa pelo Twitter, basta acompanhar a hashtag oficial do evento, #cpbr6.

 

Fonte: Terra
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