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Asteroide com tamanho de 20 Cristos Redentores se aproxima da Terra

Fenômeno poderá ser visto a olho nu ou com telescópios amadores e é considerado "potencialmente perigoso" pela Nasa

24 out 2022 - 11h45
(atualizado às 11h48)
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Asteroides nada mais são que objetos rochosos que "sobraram" da formação do Sistema Solar
Asteroides nada mais são que objetos rochosos que "sobraram" da formação do Sistema Solar
Foto: Viktor Talashuk / Unsplash

Um asteroide considerado como “potencialmente perigoso” pela Nasa está se aproximando da Terra e alcançará seu ponto máximo na próxima terça-feira (1°), quando ficará a 2,3 milhões de quilômetros da Terra. É o 2022 RM4, com 740 metros – quase 20 vezes maior que o Cristo Redentor.

Apesar da proximidade, que é equivalente a seis vezes a distância entre a Terra e a Lua, o asteroide não oferece riscos de colisão para nós – embora tenha “potencial” para isso. Considerando seu tamanho, as consequências de um choque seriam graves.

Cada vez que se aproxima de nós, o asteroide vai adquirindo um aspecto mais brilhante. Se no início de outubro ainda não era possível vê-lo a olho nu, isso mudará na próxima terça-feira, quando sua magnitude de 14,3 brilhará o bastante para possibilitar observações tanto a olho nu quanto com telescópios amadores. Veja:

A detecção do asteroide, como se pode presumir pelo nome “2022 RM4”, é recente: foi encontrado em setembro pelo telescópio Pan-STARRS 2, no Havaí. O Observatório Steward, da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, analisou e confirmou sua trajetória próxima da Terra. Daí, a organização Minor Planet Center, ligada ao Observatório Astrofísico Smithsonian, foi responsável por nomeá-lo.

Estima-se que o RM4 tenha um tamanho semelhante a Dydimos, o asteroide que orbita Dimorphos, a rocha contra a qual a missão DART, da Nasa, colidiu no fim de setembro, buscando alterar sua órbita. Se Didymos possui 780 m, o 2022 RM4 provavelmente possui cerca de 740 m.

Asteroide Dimorphos na mira do DART
Asteroide Dimorphos na mira do DART
Foto: Johns Hopkins APL/Steve Gribben / Nasa

Por que “potencialmente perigoso”?

Apesar de o RM4 estar longe o suficiente para não colidir com a Terra, a Nasa o classifica como asteroide “potencialmente perigoso” (ou "PHA", na sigla em inglês), porque a rocha espacial tem potencial de fazer aproximações perigosas. 

A Nasa considera que qualquer objeto que esteja a 193 milhões de quilômetros da Terra está próximo. Os PHAs possuem órbitas que os trazem para cerca de 7,5 milhões de quilômetros da Terra, e de acordo com o brilho deles, o diâmetro mede 100 metros ou mais. Por isso, é um “risco em potencial”. 

E isso porque, mesmo distantes, é possível que asteroides façam rotas inesperadas – provocadas pela colisão com outros objetos, por exemplo – ou sintam efeitos da gravidade de outros planetas.

Esse cenário, no entanto, é bastante improvável. Neste ano, no dia 7 de julho, um outro asteroide, o 2022 NF, passou a apenas 90 mil quilômetros de nós, uma distância muito menor da que vai estar o RM4. Mesmo assim, essa ainda era uma distância segura. Além disso, hoje existem cerca de 1.400 asteroides potencialmente perigosos já conhecidos. Graças à tecnologia, conseguimos prever suas rotas.

Fonte: Redação Byte
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