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Ato fora do Tribunal pede condenação de coronel em São Paulo

Quarta, 20 de junho de 2001, 09h24

Sérgio Gwercman/Redação Terra

Cerca de 50 representantes de entidades de direitos humanos, parlamentares e familiares de presos, realizam um ato do lado de fora do Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. Eles pedem a condenação do coronel de reserva da Polícia Militar, Ubiratan Guimarães, acusado de comandar uma invasão que ficou conhecida como o massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em outubro de 1992.

Os manifestantes levaram 111 pequenas cruzes brancas, além de uma grande, de cerca de dois metros e meio. Também carregam duas faixas com os nomes de todos os presos mortos no episódio. Para representar o sofrimento de detentos e familiares, os organizadores do protesto trouxeram um grupo de 10 jovens, vestidos com roupas negras rasgadas, com os rostos pintados. Eles simulam uma espécie performance silenciosa.

"Este foi o crime mais hediondo da história do Brasil. Houve um extermínio. A sociedade tem que entender que o detento tem o direito de cumprir a pena em segurança", disse o deputado federal Lamartini Tosella (PMDB-SP), representante da comissão de direitos humanos da Câmara Federal, presente no protesto. "Esperamos que o julgamento finalmente ocorra e que daí saia uma resposta para as famílias, pelo menos uma indenização moral", disse Renato Simões, da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de São Paulo.

Para o representante do grupo internacional Global Justice Center, James Louis Cavallaro, a tese sustendada pela defesa de Guimarães, de que o coronel só cumpria ordens e entrou no presídio para salvar vidas, "é um cinismo muito grande". "A natureza da PM é comandar e não há como um comandante não ter ciência do que estava acontecendo", disse.

Imprensa e polícia - Além de manifestantes, cerca de 40 jornalistas também alteram a rotina do Fórum. Integrantes da imprensa nacional e internacional, os repórteres aguardam informações da primeira sessão deste julgamento, que poderá durar 20 dias e ser o maior da história do País. Para garantir a segurança na área do 1º Tribunal do Júri , a PM detacou 140 homens. Segundo o chefe de comunicação da corporação, Renato Perrenoud, este contingente pode aumentar durante o dia.

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