O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) tenta manter a esperança de que não terá seu mandato cassado, mas já exibe vários sinais de desgaste, após tanto tempo de batalha. Hoje, ao chegar ao Congresso, irritou-se com fotógrafos que tentavam entrar em seu gabinete. Apesar da irritação, ACM nega que esteja preparando sua renúncia.Ele ainda mantém as esperanças de ter um julgamento isento, tanto do ponto de vista jurídico quanto político. "Sendo feita Justiça, evidentemente, não vão fazer pré-julgamento absurdo, de pena capital", afirmou.
Mas, entre os demais senadores o tom principal das conversas já é, realmente, sobre a possibilidade de renúncia de ACM e José Roberto Arruda (sem partido-DF). Os pontos de vista sobre o momento em que ainda poderão renunciar, mantendo seus direitos políticos, são diversos.
O presidente do Conselho de Ética, Ramez Tebet (PMDB-MS), acredita que, se os dois senadores renunciarem antes da reunião de amanhã, quando o relatório de Saturnino Braga (PSB-RJ), o processo deverá ser arquivado. Mas Tebet faz questão de deixar claro que esta decisão, em última instância, não caberá a ele.
Isto, porque os dois parlamentares deverão encaminhar suas cartas-renúncia, caso assim decidam, à Mesa Diretora do Senado.
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