Atualizado às 19h10
O jornalista Antônio Pimenta Neves, suspeito de ter assassinado no domingo a também jornalista Sandra Gomide, vai se apresentar amanhã, às 10 horas, à Delegacia de Homicídios de Proteção à Pessoa (DHPP), em São Paulo. A informação foi divulgada pelo delegado chefe da Divisão de Homicídios do DHPP, Nathan Rossemblatt. O delegado afirmou ter recebido um telefonema do advogado do jornalista, Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, comunicando a apresentação do seu cliente.O chefe da divisão de homicídios do DHPP garantiu que, mesmo com a informação do advogado de que Pimenta Neves se entregará amanhã, as equipes da polícia civil vão continuar as diligências na capital paulista para encontrar o principal suspeito do crime, ocorrido na cidade de Ibiúna, a 70 km de São Paulo.
Rossemblatt informou ainda que as fitas da secretária eletrônica da jornalista Sandra Gomide, assim como a CPU do seu computador, encontrados ontem na residência da vítima, serão encaminhados amanhã para o Instituto de Criminalística, que fará a perícia.
Na opinião de Rossemblatt, o crime já está solucionado. Segundo ele, "tudo indica que Pimenta Neves é autor do crime". Mesmo que ele confesse a autoria amanhã, a polícia vai continuar nas investigações, o que inclui os depoimentos de familiares da vítima.
Segundo o chefe de homicídios do DHPP, foram realizadas hoje diligências em propriedades do advogado do Jornal O Estado de S. Paulo, Manoel Alceu Afonso Ferreira, porque havia suspeitas de que Pimenta Neves poderia estar na casa dele. "Ele não foi encontrado no local", disse Rossemblatt.
Rossemblatt afirmou ainda que, caso Pimenta se apresente amanhã, ele será interrogado e ficará detido no próprio DHPP. O delegado afirmou que não há possibilidades de o jornalista ter sua prisão revogada no mesmo dia da apresentação. "Se vai haver revogação ou não depende de quem preside o inquérito. Mas, a prisão temporária é de 30 dias", disse ele. Segundo Rossemblatt, Pimenta Neves pode pegar de 12 a 30 anos de reclusão, caso seja condenado
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