Atualizado às 19h30
O corpo da jornalista Sandra Gomide, 32 anos, foi enterrado, às 16h15 de hoje, no Cemitério do Horto Florestal, em São Paulo. Sandra foi assassinada domingo em Ibiúna (SP) e o principal suspeito é o também jornalista Antonio Pimenta Neves, diretor de Redação de "O Estado de S. Paulo", ex-namorado da vítima. O sepultamento foi acompanhado por cerca de 70 pessoas, entre familiares, amigos da vítima, e profissionais que faziam a cobertura jornalística. O clima era de forte emoção.Durante o velório, realizado no mesmo cemitério, familiares de Sandra se abraçaram em volta do caixão. Nilton Gomide, irmão de Sandra, após o caixão ter sido fechado, pediu que todos o deixassem a sós com a irmã. O pai de Sandra, João Florentino Gomide, era visivelmente o mais abalado entre os familiares, dizendo que preferia estar no lugar da filha. "Quero que a Justiça seja feita", disse.
Segundo ele, o ex-namorado teria premeditado o assassinato. "Não foi loucura, como andam dizendo. Ele pensou em tudo antes", sustentou. Ainda de acordo com o relato do pai, o jornalista invadiu o apartamento de sua filha há cerca de 15 dias e a agrediu. "Ele deu um tapa na cara dela."
O irmão Nilton acusou o jornalista de ter obtido uma cópia da chave do apartamento de Sandra, sem que ela soubesse. "O Pimenta ficou escondido no guarda-roupa e, quando ela chegou em casa, ele queria de volta as jóias e roupas que ele a tinha presenteado", contou.
Diante da resistência de Sandra, o ex-namorado a teria agredido. "Está tudo registrado no boletim de ocorrência." Sandra prestou queixa da agressão no 36º Distrito Policial de São Paulo, no Paraíso. "Ela estava disposta a levar o processo adiante", afirmou Maria Lucia Florentino, tia da jornalista.
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