O vice-presidente da República, Marco Maciel, presidente de honra da Comissão Bilateral Brasil/Portugal, dos 500 anos do descobrimento, considera a confiança no país como o grande motivo de comemorações nestes cinco centenários."Temos tudo para ser uma grande Nação. Eu sinto que agora é o instante para o que o Brasil renasça dentro de nós", afirmou.
Na sua opinião, condições não faltam, porque há um grande território e "um povo excepcional, que tem dado, ao longo da história, demonstrações de civismo, determinação, capacidade de trabalho, e, acima de tudo, amor ao país. Isto nos faz confiantes em relação ao futuro", afirmou.
Para Marco Maciel, o tempo agora é de festejar, mas também de refletir. "É um momento para pensarmos o que é o Brasil hoje, mas olhando o passado, com a consciência de termos cometido erros, mas com uma soma muito positiva de acertos". Ele defende ainda a necessidade de se pensar no presente, quando o país consolida a democracia, a estabilidade econômica e começa a resgatar as dívidas sociais.
"Precisamos também pensar no futuro, porque, não
tenho dúvidas, temos tudo para ser uma grande Nação neste
terceiro milênio da era cristã, protagonizando, não somente no mundo, mas especialmente na América do sul e, porque não dizer, na América Latina".
Segundo o vice-presidente, é necessária a continuação da "saga dos nossos antepassados e que continuemos, no presente, a construir o futuro de uma Nação democrática e
justa".
Os erros cometidos no passado não podem ser ignorados ou
esquecidos, como avalia o vice-presidente Marco Maciel. O mesmo não pode acontecer com os acertos, destaca. "Precisamos fazer um balanço, verificando o que é prioritário e olhando o futuro".
Para tudo dar certo, Maciel considera necessária a conclusão do que está sendo iniciado. "Hoje, o país vive numa sociedade aberta, livre da inflação, que pode resgatar sua dívida com o social, superando as desigualdades".
Ele defende que a tarefa principal é a conclusão das reformas, inclusive a política, para assegurar a governabilidade, uma maior integração regional e um esforço "para sermos melhor conhecidos no exterior. Não tenho dúvidas de que quando houver melhor percepção do que é o Brasil, construiremos o país que todos nós sonhamos. (Adriano Gaieski)
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