Treinos para mulheres com endometriose: médico aponta os benefícios

A prática de atividades físicas pode contribuir com o tratamento da doença. Confira os benefícios dos treinos para mulheres com endometriose!

13 dez 2023 - 17h23

Segundo o Ministério da Saúde, a endometriose é uma condição médica que afeta uma a cada dez mulheres no Brasil. A doença apresenta diversos desafios em termos de gestão e qualidade de vida, entre esses desafios, destaca-se a manutenção de uma rotina de exercícios físicos após o seu diagnóstico.

Médico explica se as atividades físicas ajudam nos sintomas da endometriose
Médico explica se as atividades físicas ajudam nos sintomas da endometriose
Foto: Racool_studio/Freepik / Boa Forma

Diante disso, Marcos Tcherniakovsky, ginecologista e Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), compartilhou alguns insights importantes sobre como as mulheres podem superar esse desafio e continuar a se exercitar de maneira saudável.

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"Exercitar o corpo é importante para liberar endorfina, uma substância que funciona como um anti-inflamatório natural. Apesar de compreender o desconforto em algumas delas, sempre oriento minhas pacientes a escolherem uma atividade física do seu agrado", aponta o médico.

Importância dos treinos para mulheres com endometriose

Como explica o profissional, a endometriose é uma doença em que o endométrio, o tecido que reveste o interior do útero, se apresenta fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos pélvicos, como nos ovários, bexiga ou intestino, causando reações inflamatórias muitas vezes de forma intensa na região pélvica ou em outros locais. No entanto, o exercício físico regular pode desempenhar um papel crucial no gerenciamento dos sintomas e no bem-estar geral da mulher.

"As mulheres com endometriose muitas vezes enfrentam o dilema de continuar a se exercitar enquanto lidam com os sintomas dolorosos que possam impossibilitar a realização desta atividade. Porém, a atividade física regular pode ajudar a aliviar a dor, reduzir o estresse e melhorar a saúde mental", ele afirma.

E continua: "Embora o exercício físico seja benéfico, muitas mulheres enfrentam desafios específicos após o diagnóstico de endometriose. Dor pélvica, fadiga e desconforto podem tornar as atividades físicas mais desafiadoras. Pensando no bem-estar dessas mulheres, algumas orientações práticas podem ajudar as mulheres a superar esses obstáculos e continuar se exercitando de maneira segura e eficaz".

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Como escolher a atividade física certa?

Escolha uma atividade de baixo impacto

Optar por atividades de baixo impacto, como caminhada, natação ou ioga, pode reduzir a pressão sobre a pelve, proporcionando benefícios físicos sem aumentar a dor.

Adaptar o exercício ao ciclo menstrual

A sensibilidade à dor pode variar ao longo do ciclo menstrual. Adaptar a intensidade e o tipo de exercício com base nas fases do ciclo pode ajudar a gerenciar melhor os sintomas.

Incorporar acompanhamento profissional

Trabalhar com um fisioterapeuta com foco em saúde pélvica pode fornecer orientações específicas e exercícios adaptados às necessidades individuais de cada mulher.

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Por fim, Tcherniakovsky enfatiza que uma abordagem personalizada é essencial para orientar as pacientes afetadas a encontrar a melhor maneira de continuar se exercitando, levando em consideração suas condições específicas.

"Encorajo as mulheres a fazerem escolhas saudáveis, a encontrarem uma atividade física que gostem e a torná-la parte de suas vidas cotidianas. Lembrando que a frequência da atividade deve ser de ao menos três vezes por semana, em um período de 30 a 50 minutos. Sentir dor não é normal, cuidem-se", conclui o médico.

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