Consome muito alimento ultraprocessado? Cuidado, eles podem elevar o risco de morte

Saiba quais são as comidas que mais podem contribuir com a possibilidade de óbito precoce

23 mai 2024 - 05h00
Consumo de alimentos ultraprocessados pode estar associado a elevação de risco de morte, aponta estudo
Consumo de alimentos ultraprocessados pode estar associado a elevação de risco de morte, aponta estudo
Foto: Highwaystarz-Photography

O consumo de alimentos ultraprocessados pode estar associado ao aumento no risco de morte, segundo um estudo liderado por pesquisadores da unidade de Saúde Pública da Universidade de Harvard. O estudo foi publicado no jornal científico BMJ. 

A pesquisa diz que "uma maior ingestão de alimentos ultraprocessados foi associada a uma mortalidade ligeiramente impulsionada por outras causas além do câncer e das doenças cardiovasculares."

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A pesquisa considerou dados de mais 114 mil enfermeiras e médicos nos Estados Unidos, entre 1984 (no caso das enfermeiras) e 1986 (no caso dos médicos), e 2018. Ou seja, as análises consideraram o estado de saúde dos participantes durante mais de três décadas. Ao longo do estudo, mais de 48 mil participantes morreram. 

A cada quatro anos, as pessoas que fizeram parte da pesquisa preenchiam um questionário. Os participantes não tinham histórico familiar de câncer, doenças cardiovasculares ou diabetes. 

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Resultados

O grupo que consumia mais alimentos ultraprocessados comia em média sete porções por dia, enquanto o grupo que comia menos alimentos ultraprocessados consumia em média cerca de três porções diárias.

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Os resultados apontam que aqueles que comiam mais alimentos ultraprocessados tinham um risco 4% maior de morrer por qualquer causa, incluindo um risco 8% maior de mortes por doenças neurodegenerativas. 

"A carne processada foi o tipo de alimento mais fortemente associado ao aumento do risco de mortalidade por todas as causas. Bebidas açucaradas e adoçadas artificialmente, sobremesas com lactose e alimentos ultraprocessados para o café da manhã também mostraram associações com maior mortalidade por todas as causas, assim como o subgrupo de diversos, que incluía principalmente adoçantes artificiais", diz um artigo publicado pela Unidade de Saúde Pública de Harvard. 

Alimentos ultraprocessados

As Nações Unidas definem alimentos ultraprocessados como aqueles que têm ingredientes que “nunca ou raramente utilizados em cozinhas, ou classes de aditivos cuja função é tornar o produto final palatável ou mais atraente.” Ou seja, salgadinhos, refrigerantes e hot-dogs, são exemplos de alimentos ultraprocessados. 

Mas enquanto existem alimentos com condimentos, conservantes e emulsionantes que tendem a elevar o risco de morte, outras comidas podem ser saudáveis, segundo os pesquisadores. 

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Em entrevista à CNN, uma dos autoras da pesquisa, o professor Mingyang Song, disse que “cereais, pães integrais, por exemplo, também são considerados alimentos ultraprocessados, mas contêm vários nutrientes benéficos como fibras, vitaminas e minerais.”

Os pesquisadores afirmam que a qualidade geral da dieta é o que mais importa para a saúde e sugerem limitar o consumo de certos alimentos ultraprocessados, considerando a saúde a longo prazo. "Estudos futuros são necessários para melhorar a classificação de alimentos ultraprocessados e confirmar nossos achados em outras populações", dizem os pesquisadores.

Fonte: Redação Terra Você
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