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Conheça hábitos simples que ajudam a melhorar a sua memória

Ler com frequência, dormir bem, comer de forma saudável, manter o foco e eliminar distrações são algumas das dicas

23 abr 2024 - 06h15
Resumo
A memorização é avaliada como um fator importante para fins pessoais e profissionais, sendo presente em diversas etapas, como a realização de exames e o desempenho de carreiras. É necessário se dedicar às estratégias para melhorar a memória no dia a dia.
Foto: Freepik

A memória é apontada como uma ferramenta importante para obter sucesso pessoal e profissional, além de ser uma faculdade relevante para a saúde mental de modo geral. Para exercitar essa capacidade e melhorá-la, é preciso adotar alguns hábitos simples e incorporá-los no dia a dia. 

No decorrer da vida estudantil e profissional, as pessoas costumam se deparar com inúmeras fases e situações desafiadoras quanto à retenção e à recuperação de informações. Desde a época do pré-vestibular, por exemplo, é preciso se dedicar ao estudo de diferentes disciplinas e à realização de simulados periódicos para passar nos exames e conseguir entrar numa universidade. 

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No momento de prestar o Enem, o candidato deve ter diversos dados disponíveis na memória para responder às questões corretamente. Datas históricas, fórmulas matemáticas, conceitos literários, teorias científicas, entre outros, são alguns exemplos que precisam ser recordados durante os vestibulares.

Se a intenção do aluno é se preparar para passar em concursos para Direito, ele também vai precisar memorizar uma quantidade significativa de casos práticos, jurisprudências e informações legais gerais para ser aprovado na vaga. O mesmo ocorre em áreas como engenharia, medicina, matemática, nutrição ou qualquer outra profissão. 

Quando já atuantes na carreira, os profissionais devem se lembrar de termos técnicos, procedimentos e protocolos para desempenhar seus papéis de forma responsável, eficaz e segura. Nesse sentido, devido à relevância da memória para todas essas atividades, é importante estar atento e colocar em prática algumas estratégias para estimular essa capacidade e torná-la uma aliada no cotidiano. 

Cultive o hábito de leitura

De acordo com professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e pesquisador do Instituto do Cérebro (InsCer), Augusto Buchweitz, em entrevista ao blog da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), ler estimula o cérebro e a memória, além de ser uma forma de conseguir entretenimento, informação e conhecimento.

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Ele enfatiza que especialistas no estudo da memória afirmam que o aprendizado constante e o hábito de leitura são de extrema relevância. O hábito de ler pode proteger a mente contra doenças neurodegenerativas. O funcionamento cerebral é melhorado e os sintomas de demência e Alzheimer, por exemplo, podem ser atrasados. 

Em entrevista também ao blog da PUCRS, a professora e coordenadora do curso de licenciatura em Letras com ênfase na Língua Inglesa, Aline Fay, destaca estudos que comprovam que o número de conexões neurais aumenta durante a leitura. Uma destas pesquisas, da Universidade Emory, revelou que ler impacta o cérebro como se uma pessoa tivesse realmente vivenciado os eventos descritos.

Mantenha a saúde em dia

O programa Life’s Simple 7, da Associação Americana de Cardiologia, reúne um conjunto com sete passos para melhorar a memória e ajudar na prevenção de demências. O material esclarece que o cérebro precisa de um bom abastecimento sanguíneo para que possa funcionar de forma eficaz. Caso isso não ocorra, doenças cardiovasculares, diabetes e colesterol podem tornar o esquecimento ainda mais grave com o avanço da idade.

As medidas incluem o controle da pressão arterial e do colesterol; a manutenção de níveis de açúcar dentro do normal; e a prática de atividades físicas. Além disso, é importante manter uma alimentação balanceada, perder peso extra e não fumar.

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Em relação à prática de exercícios físicos regulares, elas ajudam a melhorar a memória porque estão associadas à formação de novos neurônios. Esse processo melhora a resposta cardiovascular, essencial para a saúde do cérebro, já que este órgão precisa de um fluxo sanguíneo adequado. 

Além disso, atividades físicas podem aumentar o hipocampo, área responsável por tarefas como armazenar e processar memórias. Nadar, correr e andar de bicicleta, por exemplo, apresentam benefícios significativos, especialmente quando combinados a exercícios de resistência, como yoga e pilates.

Dormir bem também é relevante para uma memória eficiente. O registro de todas as informações e dados colhidos ao longo do dia se estabiliza no hipocampo durante o sono. Esse processo alcança seu êxito máximo quando o sono é de qualidade e a pessoa se sente descansada ao despertar. 

Neurociência indica maneiras de melhorar a memória

De acordo com o diretor do Programa de Memória e Plasticidade e professor de Psicologia e Neurociência da Universidade da Califórnia, Charan Ranganath, em entrevista à imprensa, o esquecimento é uma das condições humanas universais. 

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Segundo ele, existe um sistema de compensação entre a quantidade de informações às quais as pessoas são expostas, a qualidade desses dados e sua relevância.

Por isso, o neurocientista explica que para melhorar a memória não é preciso se apegar a cada detalhe de uma experiência para tentar lembrar dela. A otimização das lembranças está mais relacionada à capacidade de capturar e filtrar o que é importante. Nesse sentido, o especialista indica alguns exercícios para melhorar a memória e reter informações relevantes para determinados objetivos. 

Use sua experiência como filtro

Segundo Ranganath, os seres humanos têm uma habilidade limitada de armazenar informações na mente, com a capacidade de guardar cerca de três ou quatro itens por cada vez.

Assim, fragmentar as informações e dividi-las em partes menores pode ser uma estratégia para contornar essa limitação e a memorização. Ele dá como exemplo números de telefones, que podem ser divididos em blocos menores para serem decorados.

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Mantenha o foco

Para estar atento a novos dados, durante o estudo, por exemplo, é necessário foco. Isso porque, segundo o professor, toda vez que o indivíduo muda o seu foco de um objeto para outro, essa dinâmica gera um gasto de energia. A atenção fica defasada e exige que o cérebro se recupere a cada mudança de foco.

Por isso, distrações como mensagens e outras interrupções podem desviar a atenção daquilo que se pretende reter, prejudicando a formação da memória por manter o foco em algo que não é o mais importante naquele momento. Para conseguir melhorar a retenção de informações, a recomendação é concentrar-se somente em uma tarefa de cada vez.

Faça uma limpeza no ambiente

Nesse sentido, o especialista Charan Ranganath recomenda fazer uma limpeza tanto no ambiente externo quanto na maneira como a pessoa se propõe a concentrar-se nas atividades que está disposta a fazer. Silenciar notificações e outras tarefas é uma dica.

Além disso, para limitar as distrações, é importante escolher as notificações prioritárias cuidadosamente e organizar o espaço de estudo ou de trabalho, criando também lembretes para auxiliar no processo de memorização.

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(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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