Casa de veraneio tem visual arrojado e ventilação ecológica
Residência projetada pelo arquiteto Marcio Kogan aproveita luz e ventilação natural e se integra à natureza
A Casa Lee, projetada pelo arquiteto Marcio Kogan, é um espaço de veraneio localizado em Porto Feliz, no interior de São Paulo. A estratégia adotada por Kogan foi utilizar formas retas e uma decoração minimalista para enquadrar a casa de forma harmônica à natureza exuberante do entorno. O desenho geométrico combina com o material escolhido para a estrutura – concreto armado – e o estilo arrojado da residência.
A construção de 900m² tem quatro quartos, uma suíte de hóspedes, uma academia e um bar integrado à cozinha e à sala de estar e de jantar. A área social ocupa o centro da residência, que se abre para a piscina – esta, por sua vez, funciona como área de lazer e espelho d’água. Assim, o deque, o terraço, as salas de estar e jantar, a cozinha e o bar viram um grande ambiente para receber os amigos e a família. “É uma casa de veraneio de uma família com dois filhos jovens. A família recebe hóspedes com frequência e o imóvel comporta oito pessoas confortavelmente”, explica Kogan.
O quarto quase todo de madeira perde a rusticidade com o projeto de iluminação discreto e eficiente
Foto: Fernando Guerra
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A casa é totalmente térrea e, como a piscina ocupa a área central dos 70 metros de comprimento, acaba funcionando como um espelho dágua
Foto: Fernando Guerra
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Na área íntima, a privacidade é mantida por paredes feitas de ripas de madeira, que ao mesmo tempo permitem a passagem do ar
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A iluminação embutida permite que a área de lazer seja aproveitada também à noite. O lugar é grande o suficiente para comportar grandes festas e reuniões
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Existe um corredor que dá acesso às áreas de serviço de um lado, e do spa e academia, de outro
Foto: Fernando Guerra
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O bar fica adjacente à sala de estar e se beneficia da ventilação cruzada proporcionada pelas portas deslizantes, que, quando abertas, fazem com que a área social pareça um vão livre
Foto: Fernando Guerra
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A academia fica em uma das extremidades da casa e é toda feita de madeira
Foto: Fernando Guerra
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A parede de pedras na área de lazer é o único ponto em que o duo de madeira e concreto não domina completamente o ambiente. É aqui, escondidinho no canto, que fica o ofurô
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A área de relaxamento é uma das mais reservadas da casa. Por isso mesmo é que a parede de pedras se encaixa perfeitamente. Se fosse de concreto, como do resto da casa, daria uma sensação de segregação
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Toda a parte social, formada pela cozinha, sala de jantar, sala de estar e bar pode ser aberta, se integrando ao terraço e ao deque
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Toda a casa é cercada por vegetação, o que ajuda a baixar a temperatura
Foto: Fernando Guerra
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O mobiliário foi desenhado pelo arquiteto Eduardo Glycerio e a concepção da decoração dos interiores foi da designer Diana Radomysler
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Como o living se integra ao deque, a área para relaxar e receber os amigos é ampliada
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As cores chamativas são pontuais, e aparecem nos detalhes, como as almofadas das chaises e as pastilhas da piscina
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As portas deslizantes protegem do sol mais forte da tarde, mas permitem a circulação do ar
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O nicho negativo faz as vezes de cabeceira e estante de livros
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A dupla madeira e concreto se repete no banheiro, deixando o ambiente com um aspecto industrial e limpo ao mesmo tempo
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A sauna seca é toda feita com ripas de madeira. O janelão canelado entra no lugar do vidro e permite admirar a paisagem externa enquanto se queima algumas calorias
Foto: Fernando Guerra
Além de arrojado, o design da casa tem um viés ecológico. A área social é uma espécie de vão livre, com portas deslizantes de cada lado, o que permite uma grande circulação natural de ar e cria ventilação cruzada no interior. Além disso, na área íntima, como os quartos, foram usadas paredes de ripas de madeira, que permitem a passagem do ar ao mesmo tempo que mantêm a privacidade dos moradores e hóspedes. Assim, o desenho da casa faz com que o interior fique sempre fresco, apesar das altas temperaturas da região.
“As soluções climáticas utilizadas são adequadas para o clima local no interior do estado de São Paulo, que tem temperaturas elevadas praticamente durante todos os meses do ano. Nesta residência foram usadas estratégias de conforto ambiental típicas da arquitetura brasileira moderna”, conta Kogan.
Além do clima, Kogan também levou a topografia do terreno em consideração ao projetar a casa. “As especificidades desse lote, com uma leve inclinação em direção à principal vista, frente grande e pouca profundidade, orientaram o projeto de uma casa térrea implantada paralelamente às curvas de nível. O desafio maior, no projeto e na obra, foi assentar a casa no terreno. Em uma casa com quase 70 metros de comprimento, pequenos desníveis na topografia tornam-se muito grandes”, explica o arquiteto.
O conhecimento profundo do condomínio em que a residência foi erguida, no entanto, auxiliou o trabalho. O fato de já ter projetado outros imóveis na região enriqueceu o processo de concepção e desenvolvimento da Casa Lee. “O resultado é muito fiel ao primeiro croqui”, comemora Kogan.
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O mobiliário foi desenhado pelo arquiteto Eduardo Glycerio, que trabalhou em parceria com a designer de interiores Diana Radomysler para que a decoração dialogasse com a arquitetura da casa.