A crise econômica do Brasil nos últimos tempos anda afetando muita gente, não só os empregados, mas também os patrões e suas empresas. Reduzir os custos é a saída - e aí, entre diversas outras providências, entram as milhares de demissões pelo país, colaborando para o alto índice de desemprego. Contudo, é preciso pensar em alternativas mais justas e eficientes.
Para o empresário Flavio Maluf, administrar melhor os tributos é uma delas.
No Brasil, as empresas costumam pagar até 34% de tributos sobre o valor do lucro, mas os empresários sabem que, considerando questões como encargos trabalhistas, taxas e outras obrigatoriedades, esse valor chega a um número bem mais alto. Quem quer sobreviver à crise precisa buscar mais lucratividade e correr atrás de reduções, começando por um bom planejamento.
Existem algumas formas das empresas reduzirem os tributos. Confira.
O próprio planejamento tributário
O executivo Flavio Maluf explica que os principais tipos de tributação são três - o Simples Nacional, o Presumido e o Real. A escolha precisa ser feita com precisão e consciência, através de análises eficientes, para se optar pelo melhor caminho.
Em um planejamento tributário, faz-se a análise e a aplicação de uma coleção de ações, de acordo com os negócios, com os atos jurídicos ou com as situações, tendo em vista proporcionar a redução da carga tributária.
Estar atento às recuperações tributárias
É fundamental as empresas estarem atentas aos créditos aos quais têm direito, salienta Flavio Maluf. Dentro do sistema tributário, muitas vezes, acontecem cobranças de maneiras indevidas, isso acarreta no aumento considerável do valor dos tributos. PIS/Pasep, ICMS, IPI e Cofins são alguns pagamentos de impostos que podem ser recuperados e irão contribuir para a redução da carga tributária.
Recomenda-se a contratação de uma empresa de consultoria para conseguir levantar créditos que, possivelmente, não foram considerados na apuração relativas a cada mês, por conta da falta de norma infralegal.
Investir em ferramentas de incentivos fiscais
Ferramentas de incentivo fiscal são ações que contribuem para o desenvolvimento econômico de uma região ou determinado setor. Existem muitas formas de incentivos fiscais, aponta Flavio Maluf, como ações no esporte e na cultura e, até mesmo, leis que proponham crescimento regional. Isso reduz os valores a serem pagos, no entanto, é preciso preocupar-se com um acompanhamento de especialista.
Prestar atenção na hora de fazer o enquadramento no CNAE
Cadastrar-se corretamente nos entes governamentais, desde o princípio de uma empresa, é uma forma de evitar pagar por impostos errados, ou mesmo, levar multas futuras por conta do erro. A escolher da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) representa a carga tributária que deve-se pagar e é importante ser feita adequadamente.
Tentar reduzir o FAP
O Fator Acidentário de Prevenção (FAP) é um instrumento relativo à saúde e à segurança no trabalho. É um índice que representa boa parte dos gastos trabalhistas das empresas, ele pode variar de acordo com o número de ocorrências e do ramo da atividade empresarial. No entanto, Flavio Maluf destaca que os valores desse Fator podem ser minimizados. É possível pedir revisão do calor de cobrança do FAP e tentar diminuir os custos da empresa.
