"O Brasil estava no caos, estava na lona", diz Miguel Reale Júnior sobre o impeachment de Dilma Rousseff

Em entrevista a José Roberto Maluf, no programa Perfil Poder, ele explica as motivações, afirmando que "a ex-presidente levou o país à bancarrota"

11 dez 2025 - 08h51
(atualizado às 12h03)

Miguel Reale Júnior é um capítulo vivo da História do Brasil. É advogado e professor aposentado de Direito Penal da USP (Universidade de São Paulo), onde fez doutorado e livre-docência. Foi membro da Comissão Revisora da Parte Geral do Código Penal e da Lei de Execução Penal. Sua vida pública inclui passagens como Secretário de Segurança em São Paulo e ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso.

Miguel Reale Jr. é o entrevistado de José Roberto Maluf no programa Perfil Poder
Miguel Reale Jr. é o entrevistado de José Roberto Maluf no programa Perfil Poder
Foto: Taii Amaral / Perfil Brasil

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Ele foi um dos principais autores do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Em entrevista a José Roberto Maluf, no programa Perfil Poder, ele explica as motivações, afirmando que "a ex-presidente levou o país à bancarrota", com o PIB reduzindo em 7% em 2015 e 2016, e a inflação descontrolada. Além disso, segundo ele, boa parte da crise que o país vivia foi gerada pelas "pedaladas fiscais", que geraram desconfiança na economia.

Miguel Reale Jr.

Nascido em São Paulo, ele formou-se em direito na USP em 1967, após ter feito dois anos de faculdade de Filosofia. Ele descobriu o Direito Penal no quarto ano da Faculdade, sentindo que ali estava decidido o seu destino.

Na entrevista, ele revelou que sua entrada no poder público se deu pela "necessidade de participar do processo político". No entanto, hoje, vê com desânimo os rumos da política e conta que observa o Brasil "muito pior do que antes, com a falta de grandes homens e pessoas de grande nível". Além disso, lamenta a falta de um plano de governo claro e a crescente polarização política.

Por fim, para os jovens no mercado jurídico, um conselho: O hábito da leitura. "Tem que gastar tempo para ler livros de formação, de Filosofia do Direito e depois da especialização, especialmente Direito Constitucional." Hábito que ele mantém nos momentos de descanso, quando se refugia em sua fazenda em Minas Gerais.

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