Trump elogia Arábia Saudita em meio a pressão sobre Khashoggi

21 nov 2018 - 14h15

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou a Arábia Saudita por ajudar a reduzir os preços do petróleo nesta quarta-feira, à medida que cresce a pressão para que Washington imponha sanções mais rígidas contra o reino após o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi.

Presidente dos EUA, Donald Trump, fala com jornalistas na Casa Branca
20/11/2018 REUTERS/Leah Millis
Presidente dos EUA, Donald Trump, fala com jornalistas na Casa Branca 20/11/2018 REUTERS/Leah Millis
Foto: Reuters

Em publicação no Twitter, Trump agradeceu Riad pela recente queda no preço do petróleo e pediu uma maior redução, que comparou a "um grande corte fiscal" que poderia impulsionar as economias dos Estados Unidos e do mundo.

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Trump tem repetidamente criticado os altos preços do petróleo e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) por sua produção, pressionando a Arábia Saudita, importante produtora de petróleo, a agir.

Os preços do petróleo, subiram mais de 1 por cento nesta quarta-feira, mas estavam tendendo para baixo há semanas. Os preços sofreram uma queda na terça-feira, após o relato de um declínio inesperado nos estoques de petróleo dos EUA.

"Os preços do petróleo estão caindo. Ótimo! Como um grande corte fiscal para os Estados Unidos e o mundo. Aproveitem! 54 dólares, estava 82 dólares. Obrigado Arábia Saudita, mas vamos reduzir mais", escreveu Trump.

Na terça-feira, Trump se comprometeu a continuar sendo um "parceiro firme" da Arábia Saudita, mesmo após dizer que o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman pode ter sabido do plano para assassinar Khashoggi no mês passado.

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A CIA acredita que a morte de Khashoggi foi ordenada diretamente pelo príncipe herdeiro, governante de fato da Arábia Saudita e amplamente conhecido pelas iniciais MbS, disseram fontes com conhecimento do caso.

Com parlamentares norte-americanos pedindo por sanções mais rígidas contra Riad, Trump disse que não irá cancelar acordos militares com o reino. O presidente disse que essa seria uma medida "tola", que só beneficiaria a Rússia e a China, competidoras dos Estados Unidos no mercado de armas.

Diversos parlamentares, incluindo alguns colegas republicanos de Trump, criticaram duramente seu posicionamento.

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