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Trump cita investigação sobre Biden em tentativa de arquivar seu caso de documentos confidenciais

2 mai 2024 - 17h49

Donald Trump citou o manuseio irregular de documentos confidenciais pelo presidente dos EUA, Joe Biden, após deixar o cargo de vice-presidente, em uma tentativa de rechaçar acusações criminais relacionadas à sua própria retenção de papéis secretos, mostraram documentos judiciais nesta quinta-feira.

Trump, ex-presidente e candidato republicano que desafiará o democrata Biden na eleição de 5 de novembro, argumentou que a decisão de não denunciar Biden e outras autoridades seniores que manusearam irregularmente informações confidenciais mostra que ele está sendo seletivamente visado pelos promotores.

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A juíza federal Aileen Cannon, que está supervisionando o caso e foi indicada por Trump, decidirá sobre a contestação de Trump. Cannon, que tem sido receptiva a alguns argumentos da defesa, questionou os promotores em audiências anteriores sobre por que ex-presidentes e vice-presidentes que estavam em posse de documentos potencialmente confidenciais não foram denunciados.

O sarrafo legal para Trump demonstrar que está sendo seletivamente visado é alto e essas contestação são raramente bem-sucedidas, mas o argumento está em linha com a mensagem de campanha de Trump de que ele é vítima de perseguição política.

"A história norte-americana está repleta de exemplos de supostos manuseios irregulares de informações e documentos confidenciais que não resultaram nos tipos de acusações motivadas por política que o gabinete do procurador especial apresentou contra o presidente Trump e seus corréus", escreverem os advogados de Trump no documento.

Esses argumentos vieram em um documento lacrado arquivado em fevereiro e foram divulgados ao público com alguns trechos ajustados nesta quinta-feira.

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Trump se declarou inocente de acusações de que reteve ilegalmente informações relacionadas à segurança nacional dos EUA em seu resort Mar-a-Lago na Flórida após deixar a Presidência em 2021 e obstruiu as tentativas do governo de recuperar os documentos.

Trump, o primeiro ex-presidente dos EUA a ser denunciado criminalmente, foi indiciado em quatro casos separados e está sendo julgado em um tribunal estadual de Nova York por acusações de que falsificou registros comerciais para comprar o silêncio de uma estrela pornô antes da eleição de 2016.

O procurador especial Jack Smith, liderando o processo dos documentos, defendeu em um documento judicial anterior que a suposta obstrução de Trump -- que incluiu instruir assessores a mover caixas com documentos confidenciais e tentar convencer seu advogado a mentir aos investigadores -- diferencia o caso de Trump do de Biden.

Robert Hur, procurador especial que investigou os documentos confidenciais encontrados na casa e no ex-escritório de Biden, mencionou a cooperação do atual presidente com seu inquérito e citou "distinções materiais" com o caso de Trump em um relatório publicado em fevereiro. Hur se recusou a apresentar acusações criminais contra Biden, mas encontrou algumas evidências de que Biden deliberadamente manteve materiais sensíveis após deixar a Vice-Presidência em 2017.

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Cannon já rejeitou duas outras tentativas de Trump de arquivar o caso.

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