Rússia rebate falas de Trump na ONU e nega crise econômica

Moscou afirmou ainda que seguirá com guerra na Ucrânia

24 set 2025 - 09h51
(atualizado às 13h07)

A Rússia rebateu nesta quarta-feira (24) as falas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que chamou o país de "tigre de papel" na 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Moscou negou que haja uma crise econômica no país devido às sanções contra seu comércio internacional.

Kremlin disse que 'Rússia é um urso de verdade'
Kremlin disse que 'Rússia é um urso de verdade'
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Apesar de o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, admitir que existam "alguns pontos de tensão" na economia local, associados em grande parte às restrições contra a nação, "a Rússia mantém sua estabilidade macroeconômica".

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Ontem, no discurso da ONU, Trump afirmou que Moscou "parece um tigre de papel" e que sua economia está em crise.

"A Rússia não é um tigre, mas um urso, um urso de verdade. [Vladimir] Putin descreveu nosso urso repetidamente e com variados graus de emoção. Não há nada de papel nisso", declarou Peskov, buscando também justificar as penalidades impostas contra o gás e o petróleo russos.

"Trump é um homem de negócios e está tentando forçar o mundo inteiro a gastar mais dinheiro em petróleo e gás americanos", disse o porta-voz do Kremlin.

O líder de Washington usou partes de seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas para criticar o posicionamento de seu homólogo em Moscou no conflito com Kiev.  O republicano disse que achou que "seria mais fácil encerrar a guerra na Ucrânia por seu relacionamento com Putin", mas como não ocorreu, diversas sanções foram aplicadas à Rússia.

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Mesmo assim, o Kremlin garantiu que irá continuar com a ofensiva na nação vizinha.

"Continuamos nossa operação militar especial [em território ucraniano] para proteger nossos interesses e alcançar os objetivos que o comandante supremo e presidente do nosso país, Vladimir Putin, estabeleceu desde o início. Estamos fazendo isso tanto pelo presente quanto pelo futuro do nosso país. Não temos alternativa", concluiu Peskov.   

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