O presidente peruano, Pedro Castillo, rebateu nesta segunda-feira os argumentos com os quais buscam o seu impeachment no Congresso e afirmou que as acusações contra ele se baseiam em reportagens da imprensa sem nenhuma "corroboração".
Em um discurso de 22 minutos, Castillo disse que caminhou dentro da lei durante os oito meses de sua gestão e que a crise pela qual o país passa é resultado da pandemia de coronavírus e foi complicada por uma inflação global gerada pelo conflito na Ucrânia.
Castillo, que chegou ao poder com o partido marxista Peru Livre após ganhar eleições apertadas, foi ao Congresso para responder a um processo de impeachment por "incapacidade moral" promovido por partidos de direita, em meio a acusações de suposta má conduta constitucional em seus oito meses de gestão.
O início do processo de impeachment foi aprovado em meados de março no fragmentado Congresso com 76 votos.
Para destituir Castillo, o Congresso precisa reunir pelo menos 87 votos de 130 parlamentares, cenário pouco provável pelas divisões entre a oposição. O Congresso ratificou no começo do mês o quarto gabinete de ministros do presidente.
Castillo, cujo mandato vai até julho de 2026, rebateu as denúncias e acusou grupos econômicos que não identificou de buscar um "golpe" contra seu governo.