A polícia de Hong Kong prendeu nesta quarta-feira (6) ao menos 53 membros da oposição pró-democracia acusados de violar a polêmica lei de segurança nacional.
As autoridades locais confirmaram que as detenções estão relacionadas com as primárias extraoficiais celebradas pela oposição em 2020.
Entre os detidos na operação, que mobilizou quase mil agentes, estão ex-deputados e um cidadão norte-americano.
Segundo o secretário de Segurança de Hong Kong, John Lee, as prisões foram "necessárias". Além disso, comentou que os alvos da operação foram pessoas que tentavam "afundar" a ex-colônia britânica e que poderiam causar "sérios danos à sociedade".
Uma das porta-vozes do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, disse em uma entrevista coletiva que os militantes detidos tentaram "prejudicar a estabilidade e a segurança" do país asiático.
Peter Stano, porta-voz do alto comissário europeu, Josep Borrell, pediu a "libertação imediata" dos detidos e afirmou que o "pluralismo político não é mais tolerado em Hong Kong".
Entre as pessoas detidas estão a ex-jornalista Gwyneth Ho, a conselheira distrital Tiffany Yuen e o norte-americano John Clancey, que é advogado de um escritório especializado em direitos humanos. .