Mahmoud Abbas não tentará reeleição para liderar OLP

1 set 2015 - 06h44

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, não tentará se reeleger como chefe da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) nas eleições que acontecerão dentro de duas semanas, informaram nesta terça-feira fontes de seu partido, o Fatah.

"Abbas nos confirmou que não tem intenções de apresentar-se às eleições do Comitê Executivo da OLP", disse Amin Makbul, presidente do Conselho Revolucionário do Fatah, organismo perante o qual fez o anúncio na noite de ontem, afirmou hoje a agência "Maan".

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Fontes próximas à OLP confirmaram à Efe que, efetivamente, Abbas comunicou sua intenção de não tentar a reeleição na reunião que acontecerá em Ramala em meados de setembro, mas que "não fará nenhum anúncio oficial".

No entanto, em entrevista à agência "Maan", Makbul confirmou que o líder palestino, que assumiu a OLP em 2005 após a morte de Yasser Arafat, pediu ao Comitê Executivo do Fatah que comece a reorganizar a situação.

"Ele nos disse que quer dar uma oportunidade para que outros líderes se apresentem, que tem 80 anos e que está cansado", acrescentou.

Por sua parte, o chefe de relações internacionais do Fatah, Nabil Shaath, disse em comunicado emitido hoje que "não se surpreenderia se este fosse um passo (de Abbas) para abandonar a vida política".

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Criada em 1964, a OLP é o organismo que representa os interesses palestinos por todo o mundo e o que levou a causa palestina às instâncias internacionais até obter pleno reconhecimento como Estado na Assembleia Geral da ONU em 2012.

Abbas também é desde 2005 presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), organismo criado durante o interrompido processo de paz de Oslo com Israel com o objetivo de administrar a vida dos palestinos até a criação de um Estado que nunca chegou a forjar.

Segundo as fontes consultadas pela Efe, Abbas permanecerá por enquanto como presidente da ANP, organismo no qual não se realizam eleições desde 2006 devido ao cisma entre os movimentos nacionalista Fatah e islamita Hamas, que deixou Gaza e Cisjordânia sob dois governos separados desde 2007.

  
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