Israel acusa regime sírio de ter usado armas químicas

23 abr 2013 - 10h04
(atualizado às 10h08)

O chefe da unidade de investigação da Inteligência Militar israelense, o general Itai Baron, acusou nesta terça-feira o regime sírio de ter usado armas químicas contra os rebeldes.

"O regime empregou armas químicas mortais em um certo número de ocasiões, incluído o incidente de 19 de março", disse o general em referência a uma explosão ocorrida neste dia nos arredores da cidade de Aleppo. Após este ataque, o governo sírio e os rebeldes se acusaram mutuamente de disparar um foguete carregado com substâncias químicas.

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Em uma conferência no Instituto de Estudos de Segurança Nacional, Baron disse a inteligência israelense acredita que a arma química utilizada foi gás sarin, com base em fotografias das áreas afetadas feitas após o ataque e que mostram espuma saindo da boca de moradores da região.

O militar israelense afirmou que na Síria "há um grande arsenal de armas químicas", assim como "milhares de bombas aéreas e mísseis que podem ser carregadas com material químico".

Baron criticou a resposta da comunidade internacional aos eventos na Síria e disse que ela reflete "uma predisposição a não intervir".

"O fato de que armas químicas tenham sido usadas sem nenhuma resposta é uma evolução muito preocupante e poderia certamente significar que isto seja legítimo", advertiu.

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Além disso, o general alertou que existe a possibilidade de que as armas químicas sírias caiam em mãos de terroristas.

Sobre o ataque da aviação israelense sobre a Síria em 30 de janeiro, Baron disse que "os lançadores de mísseis SA-17 que foram bombardeadas na Síria iam ser transferidos ao Hezbollah".

Israel rejeitou na ocasião confirmar ou desmentir o ataque e não forneceu nenhum detalhe sobre o incidente. A imprensa ocidental disse na época que o bombardeio atingiu um comboio que se dirigia ao Líbano com armas para Hezbollah, enquanto o governo sírio afirmou que o objetivo era um centro de pesquisa militar na província de Rif Damasco.

  
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