Dos quase 7,3 bilhões de habitantes do planeta, 4,3 bilhões de pessoas não tem acesso à internet. Segundo uma pesquisa da União Intermacional de Telecomunicações (UIT), órgão vinculado à ONU, dessas pessoas que não acessam a rede mundial de computadores, 90% encontram-se em países em desenvolvimento.
Dentre esses países, destacam-se os "países com menos conexão" (do inglês, "Less Connected Countries" ou "LCCs"), em sua maioria da África e do Sudeste Asiático. Ao todo, essa lista representa 42 países com disparidades sociais, sendo que a República Central Africana é o pior deles, na posição 166º.
Por outro lado, a internet cresceu a uma média de 6,6%, sendo que nos países desenvolvidos cresceu 3,3% e nos emergentes 8,7%. De acordo com a UIT, o número de usuário em países desenvolvidos dobrou nos últimos cinco anos, com dois terços de todas as pessoas do mundo agora vindas dos países em crescimento.
No Mundo
O estudo ainda ponta que a média mundial de pessoas que acessam à internet é de 43,6%. Em 2014, segundo o documento, 44% dos lares do mundo tinham acesso à internet, acima dos 40% registados em 2013 e dos 30% em 2010.
Mas a distribuição ainda é desigual. Nos países desenvolvidos, 78% dos lares têm acesso à rede. Nos países de rendimentos médios e baixos são apenas 31% e nos países mais pobres 5%.
“É errado pensar que todo o mundo está conectado”, escrevem no relatório os analistas da UIT.
Divisões da internet
O relatório ainda aponta um aumento na lacuna de conectividade entre zonas urbanas e rurais, não apenas nos países em desenvolvimento, como também em alguns dos países mais ricos.
Em países como Japão e Coreia do Sul, a diferença de penetração da internet nos lares urbanos é 4% superior à das áreas rurais, uma diferença que pode chegar aos 35% em países como Colômbia ou Marrocos.
Segundo o ranking da UIT, a Dinamarca é o país com mais alto nível de desenvolvimento de tecnologias de informação, em termos de acesso, utilização e conhecimento, seguida, pela ordem, da Coreia do Sul, Suécia, Islândia, do Reino Unido, da Noruega, Holanda, Finlândia, de Hong Kong e Luxemburgo.
O Brasil aparece em 65º na lista. O País subiu duas posições em comparação a 2012, mas está atrás de Argentina (59º) e Chile (56º).