Novo ministro da Defesa da Rússia diz que país deve vencer Ucrânia com mínimo de baixas

14 mai 2024 - 12h06

A principal tarefa da Rússia é alcançar a vitória no campo de batalha na Ucrânia com o mínimo de perda de tropas, disse nesta terça-feira o novo ministro da Defesa russo, Andrei Belousov.

Belousov, um economista que o presidente Vladimir Putin nomeou de forma inesperada no domingo para substituir Sergei Shoigu, disse que o setor militar precisa de mais eficiência e inovação para atingir seus objetivos.

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"A principal tarefa, é claro, continua sendo alcançar a vitória. Garantir a realização dos objetivos político-militares da operação militar especial, definidos pelo presidente. Ao mesmo tempo -- quero enfatizar isso especificamente -- com o mínimo de perdas humanas", disse ele em uma audiência parlamentar.

Seus comentários foram surpreendentes porque as autoridades russas raramente discutem as baixas na guerra, exceto para elogiar o heroísmo dos soldados mortos.

A Rússia e a Ucrânia não publicam detalhes de seus mortos e feridos. Mas os analistas militares ocidentais dizem que a Rússia, com uma população mais de três vezes maior que a da Ucrânia, tem se mostrado muito mais disposta a incorrer em pesadas baixas em prol de ganhos incrementais.

Belousov se apresentou como um homem íntegro, dizendo aos parlamentares: "Sempre fui e serei guiado pelo princípio concreto reforçado: 'Você pode cometer erros (mas) não pode mentir'."

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Esse foi um comentário incisivo, uma vez que ele está assumindo o comando de um ministério envolvido em uma grande investigação de corrupção que prejudicou seu antecessor. O escândalo se ampliou nesta terça-feira com a prisão de outra autoridade suspeita de suborno.

Belousov, que não tem experiência militar, foi encarregado por Putin de maximizar as eficiências na economia de guerra da Rússia, à medida que suas tropas, tendo recuperado o impulso, tentam se aprofundar na Ucrânia.

Ele disse que os gastos com a defesa precisam ser otimizados para que "cada rublo do orçamento, que em última análise é pago por nossos cidadãos, tenha o máximo efeito".

Não há necessidade de outra convocação em massa das tropas russas, disse ele. Putin ordenou uma mobilização de 300.000 reservistas em 2022, uma medida impopular que levou centenas de milhares de russos a fugir do país para evitar serem convocados.

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