Nobel da Paz vai a ativistas contra violência sexual

Denis Mkwege e Nadia Murad foram condecorados com a premiação

5 out 2018 - 07h47
(atualizado às 08h42)

O congolês Denis Mukwege e a iraquiana Nadia Murad foram laureados nesta sexta-feira (5) com o Nobel da Paz de 2018 "por seus esforços para acabar com o uso da violência sexual como uma arma de guerra e conflito armado".

Nobel da Paz vai a ativistas contra violência sexual
Nobel da Paz vai a ativistas contra violência sexual
Foto: Divulgação/Nobel / Ansa - Brasil

O ginecologista Mukwege, conhecido como "doutor milagre", passou grande parte da sua carreira tratando as vítimas de violência sexual na República Democrática do Congo.

Publicidade

Além disso, foi um crítico do governo congolês e de outros países por não fazerem o suficiente para acabar com os abusos contra mulheres, principalmente em locais que estão enfrentando conflitos armados. Segundo a Academia do Nobel, o médico de 63 anos e sua equipe trataram cerca de 30 mil vítimas.

Murad, por sua vez, é uma mulher da minoria religiosa yazidi. Ela se tornou uma ativista dos direitos humanos após ter sido escrava sexual do Estado Islâmico (EI) no Iraque por três meses.

Descrita como uma pessoa que mostra uma "coragem incomum", ela fugiu dos terroristas em 2014 e liderou uma campanha para impedir o tráfico de seres humanos e libertar os yazidis da perseguição.

Segundo a Academia, Murad é mais uma das milhares de mulheres que sofreram abusos sexuais no Iraque. A violência sexual é utilizada pelo grupo terrorista como uma arma de guerra.

Publicidade
  
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se