A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP25), realizada em Madri, na Espanha, chega ao fim nesta sexta-feira (13) com um acordo, sem unanimidade, sobre o Pacto Verde Europeu apresentado pela Comissão Europeia para reduzir as emissões de poluentes no continente. A proposta da presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, tem como um dos principais objetivos alcançar a neutralidade de carbono até 2050, através da adoção de 50 mecanismos de redução de CO2 na Europa e da aprovação de uma "lei climática". O chamado "Green Deal" ("Pacto Verde", na tradução) foi aprovado por 26 dos 27 países. De acordo com fontes locais, a Polônia, por sua vez, ficou de fora do acordo, já que não quis dar garantias de que atingirá a meta. A decisão dos poloneses será debatida novamente em junho de 2020 durante a Cúpula Europeia. O anúncio foi realizado pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, depois de uma longa reunião em Bruxelas com líderes da UE.
Com o acordo, os países europeus não emitirão mais gases do efeito estufa do que conseguem absorver. Os gases são considerados os principais responsáveis pela crise climática. Durante a reunião, os líderes dos 27 países também expressaram "um apoio unânime" à "aplicação de uma taxa aos produtos externos" ao bloco que "não respeitem as mesmas exigências climáticas que as empresas europeias", segundo o governo francês. Agora, a Comissão Europeia deverá criar um texto legislativo para determinar um mecanismo fiscal dentro de seu programa. A expectativa é de que seja elaborado nos próximos meses.
Somente a UE conseguiu fechar um acordo. Grandes emissores como China, Índia e até mesmo o Brasil acabaram descartando medidas no curto prazo. Os Estados Unidos, por sua vez, já haviam anunciado sua retirada do Acordo de Paris.