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México promete acabar com 'horror' enfrentado por imigrantes e busca mais detalhes sobre plano dos EUA

24 dez 2018 - 16h38

O governo mexicano prometeu nesta segunda-feira acabar com o 'horror' que os imigrantes enfrentam ao cruzar o país em direção à fronteira com os Estados Unidos, e pressionou Washington por mais detalhes em seu plano de enviar ao México aqueles que buscam por asilo enquanto seus pedidos são processados.

O governo do México havia dito que na segunda-feira iria definir sua posição sobre a mudança radical na política do governo Trump, anunciada na semana passada, de que os imigrantes que buscam refúgio nos Estados Unidos seriam enviados para o México enquanto seus casos estão pendentes.

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Mas, pela segunda vez consecutiva, o ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, disse em coletiva de imprensa que iria buscar "mais informações" das autoridades dos EUA sobre o plano que ambos os lados divulgaram na quinta-feira.

A maioria dos imigrantes que viajam para os Estados Unidos são de países pobres e violentos da América Central. Caravanas deles vindos desta região nos últimos meses alimentaram as tensões entre o México e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a segurança na fronteira.

Ebrard reiterou que seu governo não assinaria nenhum acordo que fizesse do México um "terceiro país seguro" - um acordo que, segundo o México, autoridades dos EUA pediram e que obrigaria os imigrantes que chegam primeiro ao México a apresentarem pedidos de refúgio naquele país.

Em vez disso, disse o ministro, o México iria mudar "drasticamente" sua política de migração para garantir que sua resposta ao movimento em massa de pessoas fosse humanitária.

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"Hoje há apenas uma maneira de descrever a experiência dos imigrantes que viajam pelo nosso país: é um horror. Humilhações, abusos, violações e ultrajes", disse Ebrard ao lado do presidente Andres Manuel López Obrador.

Desviando a atenção da crítica muitas vezes afiadas de Trump, o México tentou tomar o posto mais alto no debate, prometendo ajudar os imigrantes a conseguirem empregos e vistos.

A ministra do Interior, Olga Sanchez, disse em coletiva de imprensa que os imigrantes entrariam no México de maneira "organizada" e "segura", prometendo uma mudança do que ela chamou de política de "repressão e militarização" em sua fronteira sul.

Mas muitas questões permanecem sobre como o México vai lidar com o fluxo de potencialmente milhares de centro-americanos para o país em casos que podem levar anos para ser processados.

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López Obrador procurou não antagonizar com Trump comentando as exigências do presidente dos EUA por um muro na fronteira sul, e na segunda-feira ele novamente se recusou a fazê-lo.

"Há uma situação especial nos Estados Unidos e eu não quero oferecer um ponto de vista", disse ele a repórteres. "Vou manter o meu conselho. Haverá tempo."

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