Merz e Macron pressionam por sanções e alertam para prolongamento da guerra na Ucrânia

O chanceler alemão, Friedrich Merz, e o presidente francês, Emmanuel Macron, reafirmaram durante reunião em Toulon, sul da França, nesta sexta-feira (29), o compromisso com a Ucrânia e alertaram para a possibilidade de a guerra se estender por "muitos meses ainda". Merz declarou que "não tem ilusões" sobre uma solução rápida e garantiu: "Não abandonaremos a Ucrânia". França e Alemanha também prometeram reforço para a defesa antiaérea ucraniana.

29 ago 2025 - 13h42
(atualizado às 14h12)

O chanceler alemão, Friedrich Merz, e o presidente francês, Emmanuel Macron, reafirmaram durante reunião em Toulon, sul da França, nesta sexta-feira (29), o compromisso com a Ucrânia e alertaram para a possibilidade de a guerra se estender por "muitos meses ainda". Merz declarou que "não tem ilusões" sobre uma solução rápida e garantiu: "Não abandonaremos a Ucrânia". França e Alemanha também prometeram reforço para a defesa antiaérea ucraniana.

O chanceler alemão, Friedrich Merz, (à esquerda) participa de uma coletiva de imprensa conjunta com o presidente francês, Emmanuel Macron, após uma reunião do gabinete franco-alemão e do Conselho Franco-Alemão de Defesa e Segurança (CFADS), em Toulon, no sul da França, em 29 de agosto de 2025.
O chanceler alemão, Friedrich Merz, (à esquerda) participa de uma coletiva de imprensa conjunta com o presidente francês, Emmanuel Macron, após uma reunião do gabinete franco-alemão e do Conselho Franco-Alemão de Defesa e Segurança (CFADS), em Toulon, no sul da França, em 29 de agosto de 2025.
Foto: AP - Manon Cruz / RFI

Merz e Macron falaram com a imprensa após uma reunião do gabinete franco-alemão e do Conselho Franco-Alemão de Defesa e Segurança (CFADS).

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O líder alemão criticou a postura do Kremlin diante da iniciativa do presidente americano, Donald Trump, de organizar um encontro entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky. Segundo ele, Putin impôs "pré-condições inaceitáveis" e "não está disposto a se reunir com Zelensky".

O presidente francês reforçou a crítica, lembrando que Putin havia se comprometido com Trump a realizar a reunião até segunda-feira. "Se não acontecer, será mais uma vez uma demonstração de que Putin enganou o presidente Trump — e isso não pode ficar sem resposta", disse.

Durante o encontro em Toulon, Paris e Berlim anunciaram que continuarão pressionando por sanções adicionais contra Moscou. Macron defendeu medidas econômicas mais duras, inclusive por parte dos EUA, para forçar a Rússia a retomar o diálogo. Merz sugeriu novas tarifas sobre países cujos recursos energéticos financiam a máquina de guerra russa.

Reforço para a defesa ucraniana

Ambos os líderes destacaram a importância de manter a "coalizão dos dispostos" unida. Uma nova reunião da aliança — formada por 30 países que oferecem garantias de segurança à Ucrânia — está prevista para a próxima semana. Em resposta aos recentes ataques russos, França e Alemanha também prometeram reforçar a defesa antiaérea ucraniana.

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Macron voltou a criticar Putin, rejeitando acusações de Moscou de que teria sido "grosseiro" ao chamá-lo de "ogre". "Não é um insulto, é uma constatação: trata-se de um líder que optou por uma deriva autoritária e imperialista", afirmou.

(com AFP)

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