O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi autorizado nesta quarta-feira (2) pela Justiça da Argentina a visitar a ex-mandatária do país Cristina Kirchner, atualmente em prisão domiciliar em seu apartamento em Buenos Aires, onde cumpre pena de seis anos por desvio de verbas públicas.
O sinal verde foi liberado pelo juiz Jorge Gorini, responsável pela execução da pena, a pedido da defesa da líder progressista, que pediu para receber o petista em sua residência em Monserrat, o bairro mais central da capital argentina.
O pedido foi necessário no contexto das restrições impostas a pessoas que desejam visitar a ex-presidente. Nos últimos dias, a defesa de Kirchner já havia apresentado uma lista para as autoridades argentinas com 702 indivíduos para visitas, mas o nome de Lula não constava no documento.
O presidente do Brasil é esperado em Buenos Aires nesta semana para participar da cúpula de chefes de Estado do Mercosul.
Condenada a seis anos de prisão por corrupção, Cristina Kirchner está detida em seu apartamento em Buenos Aires, desde 17 de junho, após ter sido autorizada a cumprir domiciliar por ter mais de 70 anos.
Na ocasião, Lula chegou a contatar ela por telefone, expressando sua solidariedade. Nos dias seguintes, o Partido dos Trabalhadores (PT) - mesma sigla do presidente brasileiro - enviou o deputado Paulo Pimenta a uma manifestação em apoio à ex-presidente argentina, considerada por seus aliados vítima de perseguição político-judicial.
