Gastos com cartões mostram que espanhóis saindo do isolamento correm às lojas

5 jun 2020 - 12h03

O afrouxamento do isolamento pelo coronavírus na Espanha levou os cidadãos a gastarem à vontade em maio depois de ficarem um mês e meio sem ir às compras, mostraram dados bancários de transações com cartões do segundo maior banco do país, BBVA, nesta sexta-feira.

Loja em Barcelona, Espanha
 4/6/2020 REUTERS/Nacho Doce
Loja em Barcelona, Espanha 4/6/2020 REUTERS/Nacho Doce
Foto: Reuters

No mês passado, os gastos subiram 8% nas regiões que entraram na fase 2, um estágio mais avançado do plano de relaxamento espanhol de quatro partes. Em algumas províncias, os gastos cresceram 16%. Na comparação ano a ano, o total de transações com cartões em lojas caiu 60% em abril.

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O consumo de alimentos, eletrodomésticos, saúde, livros e mídia impulsionou o aumento. Lazer e viagens não deram sinal de recuperação, já que as duas indústrias estão praticamente paralisadas.

A suavização das restrições também prejudicou os gastos na internet, que só representaram 15% do consumo total contra 18% no mesmo período do ano passado.

Os gastos dos consumidores em áreas que permaneceram na fase 1 não melhoraram, retraindo cerca de 10% na última semana de maio, disse o BBVA.

A Espanha sofreu um dos piores surtos de coronavírus do mundo, com 27.133 mortes e 240.660 casos confirmados até agora. A economia, que depende muito do turismo e da hospitalidade, se retraiu 5,2% no primeiro trimestre.

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Se a economia espanhola encolher 13,5% em 2020 - a projeção mais pessimista -, o risco de insolvência dos negócios pode triplicar, e nos setores mais afetados até multiplicar por oito, disse o Instituto Global McKinsey's nesta sexta-feira.

As pequenas e médias empresas respondem por uma fração maior da economia espanhola do que a média da União Europeia - 47% da mão de obra da Espanha trabalha em companhias com menos de 20 empregados - e são especialmente vulneráveis a crises econômicas, acrescentou o instituto.

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