Anderson Ramos
Direto do Rio de Janeiro
Uma comitiva de parentes de passageiros do vôo AF 447, da Air France, que desapareceu quando ia do Rio de Janeiro a Paris, deixou na manhã desta sexta-feira o hotel Windsor, na Barra da Tijuca, no Rio, com destino ao Recife (PE).
Os 14 familiares saíram do hotel às 6h15, em um ônibus fretado pela Aeronáutica, que os levou à Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador. Lá, o ônibus foi direto para a pista, escoltado por uma viatura da Polícia Militar. Às 7h, os familiares entraram em avião da Embraer, que seguiu para a capital pernambucana.
O convite aos parentes das vítimas partiu da Aeronáutica brasileira. O tenente brigadeiro Ramon Borges Cardoso, do Cindacta 3, disse na noite de quarta-feira que o objetivo da vinda dos familiares é mostrar o trabalho de busca de corpos e dos destroços. "O convite é para os familiares terem noção da busca e das dificuldades que estamos enfrentando", afirmou.
O acidente
O Airbus A330 saiu do Rio de Janeiro no domingo (31), às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília).
De acordo com nota divulgada pela FAB, às 22h33 (horário de Brasília) o vôo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal.
Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta, segundo a FAB. Antes disso, no entanto, a aeronave voava normalmente a 35 mil pés (11 km) de altitude.
A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). A equipe de resgate da FAB foi acionada às 2h30 (horário de Brasília).