Decisão sobre extradição de Pizzolato deve sair hoje

Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão

3 jun 2015 - 11h35
(atualizado às 14h21)
Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil condenado no processo do Mensalão
Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil condenado no processo do Mensalão
Foto: José Cruz / Agência Brasil

O Tribunal Administrativo Regional do Lazio, na Itália, julga nesta quarta-feira o recurso apresentado pela defesa do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato contra sua extradição para o Brasil, aprovada pelo governo italiano em abril.

Condenado a 12 anos e sete meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão, Pizzolato fugiu para a Itália com identidade falsa e acabou sendo preso em fevereiro de 2014, em Maranello. A sessão do Tribunal Administrativo começou às 11h locais (6h no horário de Brasília) e durou 30 minutos. A decisão deve sair ainda hoje.

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Preso em uma penitenciária em Modena, o brasileiro não compareceu ao tribunal e foi representado pelos seus advogados, Alessandro Siveli e Emmanuele Fragasso. No recurso apresentado no mês passado, a defesa argumentou que Pizzolato teria direito de cumprir pena na Itália por ter dupla cidadania. No entanto, os procuradores brasileiros afirmam que esse caso se aplicaria somente se o ex-diretor tivesse começado a cumprir pena no país e depois pedisse para ser transferido à Itália.

Primeira entrevista de Henrique Pizzolato após deixar a prisão na Itália
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Os advogados do réu disseram que os direitos humanos não são respeitados no sistema prisional brasileiro, argumento que também foi rebatido pelos representantes do Brasil, que garantiram acompanhamento consular a Pizzolato.

Se o tribunal italiano rejeitar o recurso de Pizzolato, o processo retorna ao Ministério da Justiça até que seja fixada uma nova data para a extradição. A partir daí, o Brasil terá 20 dias de prazo para fazer a transferência de Pizzolato. Nesse período, a defesa pode entrar com um novo recurso na segunda instância do Tribunal Administrativo. No entanto, caso a decisão seja favorável ao brasileiro, ele pode ser libertado.

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*Com informações da Agência Ansa

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Agência Brasil
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