A Alemanha está preocupada com a escalada da violência na Ucrânia e expressou nesta terça-feira esperança de que o encontro da próxima segunda-feira em Berlim entre a chanceler Angela Merkel, o presidente da França, François Hollande, e o ucraniano, Petro Poroshenko, contribua para diminuir a tensão.
"O governo observa com preocupação a nova escalada do conflito no leste da Ucrânia", onde continuam os confrontos diários entre as tropas ucranianas e os separatistas pró-Rússia, declarou a vice-porta-voz do Executivo, Christiane Wirtz, em entrevista coletiva.
Ela apelou para que todas as partes cumpram o acordo assinado em fevereiro em Minsk, que qualificou de "fundamento para alcançar uma "estabilidade duradoura" na Ucrânia.
Wirtz lembrou que em fevereiro foram acordados uma série de compromissos para buscar uma solução ao conflito, que tanto a parte russa como a ucraniana descumpriram várias vezes.
Por outra parte, confirmou o "encontro em um formato trilateral" na segunda-feira entre Merkel, Hollande e Poroshenko, e disse esperar que contribua para diminuir a tensão no leste da Ucrânia.
A chanceler alemã realizará primeiro um encontro bilateral com seu colega francês, ao que se somará depois o presidente ucraniano, e em seguida os três falarão com a imprensa.
A porta-voz não confirmou se à reunião trilateral se seguirá um encontro com o presidente russo, Vladimir Putin.
A vice-porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Sawsan Chebli, anunciou que amanhã se reunirão em Berlim especialistas jurídicos no "formato de Normandia" (Ucrânia, Rússia, França e Alemanha) para abordar questões nesta matéria.
Neste sentido, fez referência a assuntos como a reforma constitucional, a descentralização do país e a outorga de um status especial para as regiões separatistas pró-russas de Donetsk e Lugansk.
Ao mesmo tempo, a porta-voz expressou sua esperança de que a reunião de amanhã permita levar a um "profundo debate e chegar a um entendimento comum", além de representar "talvez um impulso positivo" no processo de paz.
