Parlamento britânico rejeita intervir militarmente na Síria
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A Câmara dos Comuns (deputados) do Reino Unido rejeitou nesta quinta-feira a proposta preliminar do governo do premiê David Cameron que abriria caminho para uma ação militar na Síria. A moção do governo a favor da ação militar na Síria foi derrotada nos Comuns (deputados) por 285 votos contra e 272 a favor após mais de sete horas de deliberação.
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"Ficou claro para mim que o Parlamento britânico não quer ver uma ação militar britânica (na Síria). Eu compreendo isso, e agirei de modo a respeitar esta decisão", disse Cameron logo após o anúncio do resultado, acatando o voto dos colegas.
A votação, que não esgota o assunto em Londres e ainda terá novas rodadas de negociação, representa no entanto uma pesada derrota para Cameron, um dos principais defensores de uma intervenção militar no país do presidente Bashar al-Assad. A rejeição não veio apenas da oposição, mas também da própria coalizão governamental conservadora-liberal, que conta com 359 dos 650 assentos da Câmara dos Comuns.
Peso de 2003 e decepção americana
A Câmara dos Comuns se reuniu de urgência para discutir o texto do governo que abria a porta ao uso da força se ficasse comprovada a responsabilidade do regime sírio no ataque, que causou centenas de mortes, segundo a oposição síria. No debate, houve muitas referências à invasão do Iraque em 2003, que terminou com a queda de Saddam Hussein, mas sem que houvesse provas da existência de armas de destruição em massa que serviram de justificativa para uma ação dada pelo então primeiro-ministro Tony Blair.
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Cameron admitiu que não está convencido de que o regime Assad foi responsável pelo ataque químico de 21 de agosto, mas reconheceu que "não há 100% de certeza". "Não há 100% de certeza sobre quem é o responsável" do ataque de 21 de agosto, disse.
Falando após a votação ao programa Newsnight, da rede BBC, o secretário de Defesa britânico, Philip Hammond, endossou que o país não participará de qualquer ação militar contra a Síria.
"Eu esperava que pudéssemos manter o argumento, mas entendemos que há um poço profundo de suspeita sobre o envolvimento no Oriente Médio", disse Hammond. Os Estados Unidos, um aliado-chave, ficarão desapontados com o fato de que a Grã-Bretanha "não se envolverá", acrescentou ele. Mas disse: "Eu não espero que a falta de participação britânica evitará qualquer intervenção."
Com informações de AFP e Reuters.
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Diante das evidências que aponta para o uso de armas químicas pelo regime sírio na guerra civil do país, a comunidade internacional costura a possibilidade de uma intervenção militar para "punir" o governo de Bashar al-Assad. Apesar de teoricamente uma intervenção precisar de apoio do Conselho de Segurança da ONU, algumas fontes aponta que o início de um ataque militar é iminente. Esta eventual ação seria liderada pelos Estados Unidos e reuniria vários países ocidentais, como a França e a Grã-Bretanha, com o apoio de países da região, como a Turquia. Conheça parte do arsenal bélico e das instações desta coalizão para um eventual ataque. Na imagem, o destróier americano USS Gravely, na costa da Grécia, em junho de 2013
Foto: AFP
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Avião americano F-16 decolando de base aérea em Azraq, na Jordânia
Foto: AFP
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Tanques israelenses nas Colinas de Golã, próximo à fronteira com a Síria
Foto: AFP
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Aviões americanos F-15 Eagles
Foto: AFP
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Avião americano F-16CJ na base aérea de Incirlik, na Turquia
Foto: AFP
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Soldados americanos descarregam mísseis AIM-9 Sidewinder na base aérea de Incirlik
Foto: AFP
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Bombas MK-82 na base aérea americana de Incirlik, na Turquia
Foto: AFP
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Sistema de defesa Patriot em Kahramanmaras, na Turquia
Foto: AFP
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Porta-aviões americano USS Harry S. Truman e o navio-tanque USNS Leroy Grumman, no Mar Mediterrâneo
Foto: AFP
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Helicóptero Apache da Real Força Aérea britânica
Foto: AFP
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Avião AV-8B Harrier decola do porta-aviões USS Kearsarge, no Mar Mediterrâneo
Foto: AFP
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Aviões bombardeiros Tornado da Real Força Aérea britânica
Foto: AFP
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Base aérea britânica em Limassol, no Chipre
Foto: AP
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Destróier americano USS Mahan
Foto: EFE
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Porta-aviões americano USS Harry S. Truman e o navio de guerra USS Gettysburg
Foto: EFE
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Destróier USS Ramage
Foto: Reuters
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Destróier americano USS Barry, no Mar Mediterrâneo
Foto: Reuters
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Porta-aviões nuclear francês Charles de Gaulle
Foto: Reuters
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Míssil Tomahawk disparado do destróier USS Barry
Foto: Reuters
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Bateria de defesa israelense Domo de Ferro, em Haifa