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Bombeiros vão a julgamento por retratarem Maduro como burro em vídeo

17 set 2018 - 09h27

Dois bombeiros venezuelanos que fizeram um vídeo viral que retrata o presidente Nicolás Maduro como um burro foram presos preventivamente no domingo e serão julgados por incitação ao ódio, podendo passar até 20 anos na prisão se forem condenados, disseram grupos de direitos humanos.

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas 03/09/2018 Palácio Miraflores/Divulgação via Reuters
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas 03/09/2018 Palácio Miraflores/Divulgação via Reuters
Foto: Reuters

Ricardo Prieto, de 41 anos, e Carlos Varón, de 45, foram detidos por autoridades de contrainteligência militar na quarta-feira no quartel em que trabalhavam no oeste do Estado de Mérida, de acordo com o observatório de direitos humanos da Universidade dos Andes de Mérida, que está acompanhando o caso.

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A dupla compareceu no domingo diante do juiz Carlos Márquez, que ordenou que fossem presos para serem julgados por acusações de violação de uma lei contra o incentivo ao ódio que foi aprovada no ano passado, disseram o observatório e o grupo de direitos humanos Fórum Penal.

"Os bombeiros foram indiciados com uma acusação agravada de incitação ao ódio. Essa acusação agravada implica... 20 anos de prisão", disse o advogado Ivan Toro, do observatório, que acompanhou a audiência.

Opositores de Maduro, líder de esquerda que culpam pelo colapso econômico da Venezuela, o vêm chamando há tempos de "Maburro".

Seu governo não respondeu a um pedido de comentário sobre o caso. A Reuters não conseguiu contatar Prieto e Varón nem seus advogados de imediato.

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