Radiação de Fukushima se dispersou 10 vez menos que em Chernobyl
13 mar2012 - 09h12
(atualizado às 09h55)
As substâncias radioativas emitidas pela usina nuclear de Fukushima Daiichi se dispersaram dez vezes menos do que as do acidente da planta ucraniana de Chernobyl, em abril de 1986, indicou nesta terça-feira o Ministério de Ciência japonês.
O Ministério comparou os dados sobre as substâncias radioativas da central de Fukushima reunidos entre março e novembro de 2011 com as informações sobre Chernobyl compiladas três anos e oito meses depois daquele desastre, revelaram fontes oficiais citadas pela agência Kyodo.
As análises mostram, por exemplo, que no caso de Chernobyl foi detectado 1,48 milhão de becquereles de césio radioativo por metro quadrado em pontos a 250 quilômetros da central. Em Fukushima, por outro lado, foram recolhidas amostras com quantidade similar de césio contaminado unicamente a 33 quilômetros da planta.
Também destacaram que na Noruega, a 1,7 mil quilômetros da central ucraniana, foram coletadas mostras de terra com mais de 40 mil becquereles de césio radioativo, enquanto em Fukushima foram detectadas mais de 30 mil becquereles em diversos pontos a 250 quilômetros dos reatores.
No caso de Chernobyl, a distância de dispersão foi maior porque as coberturas do reator voaram pelos ares, o que não ocorreu em Fukushima Daiichi.
A crise nuclear do Japão se desencadeou depois do terremoto de 9 graus na escala Richter atingiu em 11 de março de 2011 o nordeste do país, o que gerou um tsunami que arrasou a planta com ondas de até 15 metros. Um ano depois, cerca de 80 mil pessoas não puderam voltar para suas casas porque uma área com raio de 20 quilômetros ao redor da central continua declarada como zona de exclusão devido à crise, que causou perdas milionárias na pesca, na agricultura e na pecuária local.
A explosão do reator número quatro da central de Chernobyl desencadeou o maior acidente nuclear da história, com uma nuvem radioativa que alcançou primeiro Belarus e continuou em direção à Escandinávia, Europa Central (principalmente Áustria e Alemanha) e o Reino Unido.
Homem caminha em um memorial em homenagem às vítimas do terremoto seguido de tsunami em Fukushima
Foto: Reuters
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No Japão, homem caminha pela área de Hiyori Yama para rezar pelas vítimas da tragédia, mais de 19 mil, na região atingida por um terremoto seguido de um tsunami, em 11 de março de 2011. A costa nordeste do país asiático sofreu os maiores abalos da história do país, 8,9 graus na escala Richter, e os tremores causaram tsunamis que devastaram a região. A usina nuclear de Fukushima Daiichi também foi afetada por um dos terremotos subsequentes
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Tsunami arrastou navio pesqueiro Kyotoku Maru Nº 18 por 800 m no porto de Kesennuma, na província de Miyagi, onde permanece até hoje
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Em uma cerimônia em Ofunato, em Iwate, retrato de homem morto nas tragédias é visto entre itens que homenageiam as vítimas japonesas
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Koyu Morishita faz pausa de silêncio em frente ao túmulo de seu pai, Tokusabro, morto aos 84 anos durante o terremoto seguido de tsunami, em Ofunato, Iwate
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Ativista usa máscara de Barack Obama, presidente dos EUA, e faz gestos em referência ao Encontro de Segurança Nuclear, que acontece em Seul dias 26 e 27 de março
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Na véspera do aniversário de um ano da tragédia japonesa, alunos de Banda Aceh, na província de Aceh, escreverem mensagens nas flores
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Jardim de flores de papel foi criado durante atividade para rezar pelas vítimas do Japão
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Na Coreia do Sul, menina participa de encontro em homenagem ao primeiro aniversário do desastre nuclear de Fukushima
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Estudantes da Indonésia criam jardim com flores de papel para homenagear as vítimas do terremoto seguido de tsunami que assolou a costa japonesa
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Com velas, as vítimas da tragédia também foram lembradas em Nova York, nos Estados Unidos
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Jovens japonesas usaram máscaras para protestar contra a energia nuclear durante as homenagens às vítimas
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Família reza diante do que sobrou de um centro de controle em área devastada em Minamisanriku, na prefeitura de Miyagi
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Tomoe Kimura, uma pessoa evacuada da cidade de Okuma, veste roupas de proteção durante rápida visita em área proibida ao redor da usina de Fukushima
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Familiares oram por avó morta após o terremoto que atingiu a cidade de Ishinomaki, na prefeitura de Miyagi
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Pessoas se dão as mãos em homenagem às vítimas da tragédia que atingiu o país há 1 ano em Minamisanriku, prefeitura Miyagi
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Moradores evacuados depositam flores em visita a área proibida na cidade de Okuma
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Moradores vestem roupas especiais para participar de cerimônia em região próxima à usina de Fukushima
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Pessoas fazem um minuto de silêncio nos arredores do Teatro Nacional de Tóquio, onde foi realizada uma cerimônia em homenagem às vítimas do desastre, com a presença do imperador Akihito e do primeiro-ministro Yoshihiko Noda
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Dezenas fazem um minuto de silêncio exatamente às 2h46, momento em que o terremoto atingiu o país, na cidade de Koriyama, prefeitura de Fukushima
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População de Minamisanriku se reúne ao redor de centro de controle que resistiu aos estragos do terremoto e tsunami que atingiram a cidade há 1 ano
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Parentes de vítimas depositam flores em altar do memorial realizado no Teatro Nacional de Tóquio
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O imperador Akihito e a imperatriz Michiko prestam suas homenagens às vítimas
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Moradores de Rikuzentakata, na prefeitura de Iwate, uma das mais atingidas pelo desastre, assistem ao discurso do imperador Akihito durante cerimônia em Tóquio
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O primeiro-ministro Yoshihiko Noda também discursou durante a cerimônia, prometendo acelerar ao máximo reconstrução do Japão
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Em Yuriage, distrito de Natori, em Miyagi, memorial às vítimas do terremoto e tsunami na corta nordeste japonesa há exatamente um ano tem velas que escrevem "Kizuna" (símbolo chinês que significa 'laço') e "3.11" (em referência à data dos desastres)
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Manifestantes em protesto contra política de energia nuclear japonesa seguram velas e fazem corrente humana em frente ao prédio da câmara legislativa, em Tóquio
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Wakana Kumagaim, de 7 anos, e sua mãe, Yoshiko, choram ao visitar local em que ficava sua casa, em Higashimatsushima, Miyagi, antes de ser levada pelo tsunami que se seguiu ao terremoto do ano passado
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Cerca de 3 mil velas com mensagens escritas principalmente por crianças iluminam parque em Koriyama, em Fukushima, em homenagem às 19 mil vítimas dos desastres de 11 de março de 2011
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Em Paris, estilista Kenzo acompanha minuto de silêncio pelas vítimas japonesas
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No dia do primeiro aniversário dos desastres, manifestantes usam máscaras em protesto contra o uso de energia nuclear. Ação é em Tóquio, em frente à Tepco, companhia que controla as usinas de Fukushima, afetas pelos fenômenos naturais e responsáveis pela maior crise nuclear desde Chernobyl
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Um culto budista ecumênico foi realizado em São Paulo para marcar um ano da tragédia no Japão
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Em São Paulo, as homenagens foram marcadas por orações às vítimas da tragédia
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Descendentes de japoneses se emocionaram durante a celebração na Liberdade, tradicional bairro japonês de São Paulo
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No dia que marca um ano da tragédia em Fukushima, no Japão, ativistas foram às ruas do Rio de Janeiro para cobrar da presidente Dilma Rousseff o fim da energia nuclear no Brasil
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Além das homenagens às vítimas no Japão, no Brasil ativistas protestaram contra a energia nuclear por causa do acidente em Fukushima
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No Rio de Janeiro, a mobilização ocorreu em Ipanema, na zona sul da capital, e reuniu cerca de 40 pessoas
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Familiares e amigos de vítimas do terremoto e tsunami que atingiu o Japão em março de 2011 lançam flores no Oceano Pacífico durante cerimônia que lembrou da tragédia