A produção em diversos setores tecnológicos do Japão - desde chips de memória de computadores até a tecnologia usada em aviões, passando pelo setor automotivo e os aparelhos eletrônicos - pode ser afetada depois do terremoto seguido de tsunami que atingiu o país.
Após radiação, surge primeira 'cidade fantasma' no Japão
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Uma onda de pânico atingiu nesta terça-feira a Bolsa de Tóquio, com a queda do índice Nikkei 225 em mais de 10,55%, sua terceira maior baixa histórica.
Os proprietários de ações dedicaram-se a vendê-las, atemorizados pela acumulação de problemas na central nuclear de Fukushima e o anúncio do governo de um aumento preocupante da radioatividade.
Entre os papéis das principais empresas cotadas em bolsa, os fabricantes de componentes eletrônicos Sony e Panasonic caíram respectivamente 8,86%, a 2.324 ienes, e 11,27%, a 866 ienes.
O governo japonês advertiu que com os portos e aeroportos destruídos ou fechados, as fábricas paradas, os circuitos logísticos perturbados como nunca e uma população traumatizada, a catástrofe já teve um impacto "considerável" sobre a atividade econômica do país.
Prevê-se falta de peças ou de componentes em muitas indústrias, "o que pode provocar uma alta dos preços ou atrasar a produção de nossos aparelhos prediletos", anunciava na segunda-feira a Engadget, site para fanáticos em tecnologia.
Os fabricantes japoneses abastecem o mundo com 40% dos componentes eletrônicos, segundo a empresa CSLA.
O Japão também é o país que fornece uma grande quantidade de memórias flash NAND, na maioria fabricadas pela Toshiba.
Os preços das memórias NAND 32 Gb já aumentaram 18%, segundo a DRAMeXhange, depois do anúncio de que a fábrica tinha sido paralisada, na província de Iwate.
Apesar de a Toshiba afirmar que sua fábrica não sofreu danos importantes, seus dirigentes continuam avaliando a situação, temendo os efeitos das réplicas nas fábricas já afetadas. Não sabem quando a produção poderá ser retomada.
As fábricas precisam, entre outras coisas, de matérias-primas e uma rede de transporte ativa, o que implica o uso de combustível e eletricidade.
Mas a dimensão da catástrofe obriga racionamento de combustível e cortes planejados de eletricidade devido aos danos provocados na infraestrutura e a paralisação das centrais nucleares.
"A Sony parou ou reduziu sua produção de oito fábricas, enquanto avalia os danos e espera o retorno da eletricidade", anunciou o fabricante de componentes eletrônicos, detalhando que estas medidas afetavam a produção de pilhas recarregáveis, CD, DVD e discos Blu-ray.
Panasonic, Fujifilm, Nikon e Canon, entre outros, fecharam suas fábricas em todas as regiões afetadas pelo terremoto seguido de tsunami, o que prejudica a fabricação de câmeras fotográficas digitais e teleobjetivas.
Toyota, o primeiro fabricante mundial automotor, interrompeu de segunda a quarta-feira a produção em todas suas fábricas.
A construtora aeronáutica americana Boeing, que se abastece no Japão, informou na segunda-feira que a avaliação do impacto do desastre estava em curso, e completou que não tinha constatado nenhum dano grave em suas fábricas.
No entanto, a Boeing teme que surjam problemas de abastecimento caso a crise se estenda por várias semanas.
"O Japão tem uma capacidade melhor para reagir, lembra das lições deixadas pelo terremoto de Kobe (em 1995, com 6,4 mil mortos) e é uma economia avançada", estimou, por sua vez, Shiro Armstrong, especialista das economias do leste asiático na Universidade da Austrália.
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Embarcações arrastadas pelo tsunami foram parar no meio de uma avenida na cidade de Kesennuma, no norte do país
Foto: AP
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De bicicleta, homem passa em frente a um navio virado pelo tsunami que atingiu a cidade de Hachinohe, na província de Aomori
Foto: AP
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Virados, navios flutuam em meio a óleo que vazou na água, na cidade de Fudai, na província de Iwate
Foto: AP
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Homem passa de moto e observa um barco que era usado para pesca de lula, que foi arrastado pela água, em Hachinohe
Foto: Reuters
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Moradora da cidade de Hachinohe observa navios e carro que foram jogados pelo tsunami, na província de Aomori
Foto: Reuters
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Barco de pesca que foi levado pela água ficou virado de lado, em Hachinohe, em Aomori
Foto: Reuters
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Pessoas observam navio que foi arrastado para fora do mar pela força do tsunami na cidade de Kamaishi
Foto: AP
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Moradores de Kesennuma carregam pertences e passam por navio que ficou preso na margem de um rio, em Kesennuma
Foto: AP
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Uma balsa parou em cima de uma casa depois do tsunami que atingiu a cidade de Otsuchi, na província de Iwate
Foto: Reuters
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Levado pela água, navio foi parar no canteiro de uma avenida, na província japonesa de Aomori
Foto: Reuters
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Na província de Aomori, dois navios foram arrastados para fora do mar e ficaram jogados na costa
Foto: AFP
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Barcos pesqueiros foram arrastados pela água e ficaram no píer, em Oarai, na província de Ibaraki
Foto: EFE
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Em meio ao caos em que se transformou a rua, um barco de pesca ficou atravessado, em Miyako
Foto: AP
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Homem caminha entre carros, destroçoes de construções e um barco que avançou sobre rua em Miyako
Foto: Reuters
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Água inunda a cidade de Asahikawa e carrega arrasta barcos para a terra, logo depois da chegada do tsunami
Foto: Reuters
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Casal observa o casco de um navio que interditou uma avenida na cidade de Hachinohe, em Aomori
Foto: Reuters
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Navio foi arrastado até uma área devastada da cidade de Kesennuma, na província de Miyagi
Foto: AP
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Grande embarcação foi parar em meio às casas destruídas pelo terremoto seguido de tsunami
Foto: AP
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Navio de grande porte foi arrastado até a costa e ficou preso depois que a água baixou
Foto: AP
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homens observam um grande navio que foi levado pelo tsunami até a cidade de Hachinohe, em Aomori
Foto: Reuters
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Homens das forças de segurança japonesas buscam por vítimas perto de navio arrastado pela água, em Higashimatsushima
Foto: Reuters
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Policiais trabalham em meio a destroços acumulados em uma rua para onde um barco foi arrastado, em Hachinohe
Foto: Reuters
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Homens passam por barco de pesca que foi levado pelo tsunami, na cidade de Natori, província de Miyagi
Foto: AFP
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Em Kesennuma, a paisagem foi mudada pelo tsunami: construções desabaram e um navio foi arrastado até a cidade
Foto: AFP
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Carros passam por barco de pesca que foi parar em uma avenida, em Hachinohe, na província de Aomori
Foto: AFP
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Navios foram arrastados pelo tsunami e ficaram próximos um do outro no porto de Kesennuma
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As ondas gigantes provocadas pelo terremoto tiraram navios do mar e os jogaram em terra firme
Foto: AP
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Em imagem aérea, navio fica encalhado no porto de Sendai, a cidade mais atingida pelo tsunami
Foto: AP
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Navio foi arrastado pela água até uma pequena cidade na província de Miyagi, no norte do país
Foto: Reuters
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