Nova Zelândia espiona China e outros asiáticos, diz Snowden

Agência de espionagem neozelandesa recolhe dados sobre as comunicações de cerca de 20 países

10 mar 2015 - 21h41
(atualizado às 22h29)
Ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional norte-americana Edward Snowden aparece em videoconferência com alunos de uma escola em Toronto, no Canadá, em fevereiro. 02/02/2015
Ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional norte-americana Edward Snowden aparece em videoconferência com alunos de uma escola em Toronto, no Canadá, em fevereiro. 02/02/2015
Foto: Mark Blinch / Reuters

A vigilância eletrônica realizada pelo governo da Nova Zelândia se estende da China, seu maior parceiro comercial, até a Antártica e é compartilhada com os Estados Unidos e outros aliados internacionais, de acordo com documentos divulgados na quarta-feira (horário local).

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Os últimos documentos vazados pelo ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA, na sigla em inglês) Edward Snowden mostram que a agência de espionagem da Nova Zelândia recolhe dados sobre as comunicações de cerca de 20 países, incluindo China, Japão, Coreia do Norte, Irã e a região da Antártica, muitos dos quais são parceiros comerciais próximos.

A informação recolhida pelo órgão governamental de segurança nas comunicações (GCSB, na sigla em inglês) foi passada à NSA e a agências de inteligência na Austrália, Grã-Bretanha e Canadá, que, juntamente com a Nova Zelândia, são membros da rede de vigilância "Cinco Olhos", de acordo com documentos datados de abril de 2013.

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Publicados no jornal New Zealand Herald e no site Intercept, os documentos mostram que a abordagem do GCSB se estende para além das nações do sul do Pacífico, como mostrado na semana passada, e que o país ampliou sua vigilância coletiva nos últimos anos.

As revelações de vigilância sobre a China, um parceiro de livre comércio responsável por cerca de 20% das exportações da Nova Zelândia em 2014, e o Japão, seu quarto maior parceiro comercial, sugerem que o país espiona seus amigos em nome dos interesses dos Estados Unidos.

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