Contaminação na central de Fukushima durará décadas, diz ASN
21 mar2011 - 15h27
(atualizado às 15h54)
Os escapamentos radioativos da central nuclear japonesa acidentada de Fukushima são "significativos" e uma fonte de contaminação com a qual o Japão terá que "conviver durante dezenas e dezenas de anos", afirmou nesta segunda-feira a Autoridade de Segurança Nuclear francesa (ASN).
Segundo o presidente da ASN, André-Claude Lacoste, estas emissões estão ligadas, em parte, a "descompressões voluntárias" - emissões de vapor que contêm partículas radioativas - destinadas a reduzir a pressão nos reatores acidentados para evitar que o recinto que as cerca seja destruído. Além disso, há outras fugas de origem indeterminada, segundo a ASN.
Devido à amplitude destas emissões, em torno da central, "os depósitos de partículas radioativas no solo serão importantes", disse Jean-Luc Godet, da direção de irradiaciações ionizantes e da saúde (ASN). "Levando em conta a meteorologia, é provável que a contaminação tenha chegado mais além, a até uma centena de quilômetros", segundo Godet.
A ASN só dispõe de "informações muito parciais sobre a contaminação de produtos alimentares" mas algumas mostram que "as verduras já o foram", disse.
O governo japonês proibiu nesta segunda-feira a venda de leite e dois tipos de verduras produzidos nas quatro prefeituras próximas à central de Fukushima, devido a um nível anormalmente alto de radioatividade. Restos de iodo radioativo e césio também foram encontrados sábado na água corrente em Tóquio e seus arredores, embora em proporções inferiores aos limites legais.
Terremoto e tsunami devastam Japão
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Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.
Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 8,6 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.
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Embarcações arrastadas pelo tsunami foram parar no meio de uma avenida na cidade de Kesennuma, no norte do país
Foto: AP
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De bicicleta, homem passa em frente a um navio virado pelo tsunami que atingiu a cidade de Hachinohe, na província de Aomori
Foto: AP
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Virados, navios flutuam em meio a óleo que vazou na água, na cidade de Fudai, na província de Iwate
Foto: AP
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Homem passa de moto e observa um barco que era usado para pesca de lula, que foi arrastado pela água, em Hachinohe
Foto: Reuters
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Moradora da cidade de Hachinohe observa navios e carro que foram jogados pelo tsunami, na província de Aomori
Foto: Reuters
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Barco de pesca que foi levado pela água ficou virado de lado, em Hachinohe, em Aomori
Foto: Reuters
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Pessoas observam navio que foi arrastado para fora do mar pela força do tsunami na cidade de Kamaishi
Foto: AP
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Moradores de Kesennuma carregam pertences e passam por navio que ficou preso na margem de um rio, em Kesennuma
Foto: AP
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Uma balsa parou em cima de uma casa depois do tsunami que atingiu a cidade de Otsuchi, na província de Iwate
Foto: Reuters
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Levado pela água, navio foi parar no canteiro de uma avenida, na província japonesa de Aomori
Foto: Reuters
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Na província de Aomori, dois navios foram arrastados para fora do mar e ficaram jogados na costa
Foto: AFP
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Barcos pesqueiros foram arrastados pela água e ficaram no píer, em Oarai, na província de Ibaraki
Foto: EFE
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Em meio ao caos em que se transformou a rua, um barco de pesca ficou atravessado, em Miyako
Foto: AP
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Homem caminha entre carros, destroçoes de construções e um barco que avançou sobre rua em Miyako
Foto: Reuters
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Água inunda a cidade de Asahikawa e carrega arrasta barcos para a terra, logo depois da chegada do tsunami
Foto: Reuters
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Casal observa o casco de um navio que interditou uma avenida na cidade de Hachinohe, em Aomori
Foto: Reuters
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Navio foi arrastado até uma área devastada da cidade de Kesennuma, na província de Miyagi
Foto: AP
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Grande embarcação foi parar em meio às casas destruídas pelo terremoto seguido de tsunami
Foto: AP
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Navio de grande porte foi arrastado até a costa e ficou preso depois que a água baixou
Foto: AP
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homens observam um grande navio que foi levado pelo tsunami até a cidade de Hachinohe, em Aomori
Foto: Reuters
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Homens das forças de segurança japonesas buscam por vítimas perto de navio arrastado pela água, em Higashimatsushima
Foto: Reuters
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Policiais trabalham em meio a destroços acumulados em uma rua para onde um barco foi arrastado, em Hachinohe
Foto: Reuters
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Homens passam por barco de pesca que foi levado pelo tsunami, na cidade de Natori, província de Miyagi
Foto: AFP
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Em Kesennuma, a paisagem foi mudada pelo tsunami: construções desabaram e um navio foi arrastado até a cidade
Foto: AFP
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Carros passam por barco de pesca que foi parar em uma avenida, em Hachinohe, na província de Aomori
Foto: AFP
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Navios foram arrastados pelo tsunami e ficaram próximos um do outro no porto de Kesennuma
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As ondas gigantes provocadas pelo terremoto tiraram navios do mar e os jogaram em terra firme
Foto: AP
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Em imagem aérea, navio fica encalhado no porto de Sendai, a cidade mais atingida pelo tsunami
Foto: AP
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Navio foi arrastado pela água até uma pequena cidade na província de Miyagi, no norte do país
Foto: Reuters
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