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Prefeituras da oposição suspendem o Carnaval na Venezuela

Suspensão é em função das tensões vividas no país nas últimas semanas. Porém, o presidente Nicolás Maduro decretou feriado em 27 de fevereiro para comemorar o Caracazo

24 fev 2014 - 13h36
Mulher venezuelana sentada em rua bloqueada em San Cristobal, capital do estado de Tachira, em 23 fevereiro
Mulher venezuelana sentada em rua bloqueada em San Cristobal, capital do estado de Tachira, em 23 fevereiro
Foto: AFP

Várias prefeituras nas mãos da oposição decidiram suspender os festejos públicos do Carnaval devido à tensão vivida na Venezuela após mais de vinte dias de manifestações estudantis, algumas das quais levaram a confrontos que deixaram ao menos 10 mortos.

Nesta segunda-feira "oficializaremos a suspensão das atividades de Carnaval em Chacao. Não estamos para celebrações", escreveu em sua conta no Twitter Ramón Muchacho, o prefeito deste reduto opositor do leste de Caracas e um dos focos mais ativos de protestos contra o governo de Nicolás Maduro.

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Outras prefeituras opositoras, como a da petroleira Maracaibo (oeste, a segunda cidade do país), do município Sucre (leste de Caracas) ou de Barinas (oeste, terra natal do falecido líder Hugo Chávez) fizeram anúncios similares.

"Em Maracaibo não temos nada a celebrar neste momento que o país vive. Prudência e Moderação. Estamos com os estudantes", escreveu a prefeita Eveling Trejo.

A suspensão dos festejos públicos em várias cidades contrasta com o anúncio de Maduro, reiterado no domingo, de decretar a quinta-feira, 27 de fevereiro, feriado para comemorar o Caracazo de 1989, razão pela qual, somado aos dias de carnaval, 3 e 4 de março, serão praticamente seis dias de feriado.

"Vai haver carnaval, vai haver festa, fantasias... que viva o carnaval venezuelano", disse Maduro diante de seus simpatizantes.

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Há semanas o ministério do Turismo vinha informado que todos os hotéis e pousadas do Caribe venezuelano estão lotados e as passagens aéreas e de ônibus estão esgotadas.

Este longo recesso de todas as atividades pode ajudar a desativar os protestos estudantis que começaram no dia 4 de fevereiro no oeste do país contra a insegurança, opinaram analistas.

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