Abuso de poder cresce na Venezuela, diz ONG; conheça casos
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A situação dos direitos humanos na Venezuela está cada vez mais precária, segundo a ONG Human Rights Watch, que divulgou um relatório detalhando situações em que o abuso de poder se sobrepôs ao respeito às leis. O acúmulo de poder no Executivo, aliado ao fim de instituições e à degradação dos direitos humanos, fez várias vítimas na Venezuela desde 2008, quando a ONG havia divulgado seu relatório anterior. Veja alguns casos apontados pela Human Rights Watch
Foto: AFP
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Em dezembro de 2009, a juíza María Lourdes Afiuni concedeu liberdade condicional a um opositor do governo de Chávez que estava preso havia quase três anos sem ter sido julgado por acusações de corrupção. Em seguida, o presidente denunciou a juíza, chamando-a de "bandida", e pediu que ela fosse condenada a 30 anos de prisão. Afiuni foi presa e ficou um ano detida em condições precárias. Em fevereiro de 2011, a juíza foi transferida à prisão domiciliar, onde está até hoje
Foto: AFP
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Em agosto de 2011, o jornal 6to Poder publicou uma montagem com as fotos de seis altas funcionárias do governo como dançarinas de um cabaré chamado "A Revolução", dirigido por "Senhor Chávez". A diretora do jornal, Dinorá Girón, e o presidente, Leocenis García, foram acusados de "instigação ao ódio público". O jornal foi proibido de publicar textos ou imagens que pudessem constituir "ofensa e/ou insulto à reputação, ou ao decoro, de quaisquer representantes de autoridades úblicas"
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Em maio de 2010, Rocío San Miguel, uma ativista defensora dos direitos humanos, participou de um programa de TV denunciando o fato de que altos oficiais militares faziam parte do partido de Chávez - prática proibida pela Constituição da Venezuela. Em resposta, a TV estatal a acusou de ser uma "agente da CIA" e de "incitar a insurreição". A ONG que ela dirige, a Citizen Watch, também foi alvo de uma queixa-crime por suposta traição. Desde então, San Miguel recebeu várias ameaças de mrte
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Em novembro de 2006, a emissora RCTV exibiu um vídeo no qual o ministro da Energia diz que os funcionários da empresa estatal de petróleo deviam pedir demissão se não apoiassem Hugo Chávez. Um mês depois, o presidente anunciou que a RCTV não seria mais "tolerada". A emissora parou de funcionar como canal público em maio de 2007, mas continuou transmitindo por cabo até 2010, quando foi interrompida após a ameaça de investigações contra provedores de TV por assinatura
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Em junho de 2011, a emissora Globovisión fez uma extensa cobertura sobre uma rebelião em uma prisão, com entrevistas com familiares de detentos que afirmaram que forças de segurança estavam matando prisioneiros. O canal foi acusado por Hugo Chávez de "pôr o país em chamas (...) com o único propósito de derrubar o governo" e, em outubro de 2011, multado em US$ 2,1 milhões (R$ 4,2 milhões). A emissora é investigada e ainda pode ser multa, ter a transmissão suspensa ou a licen¿a revogada
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Em março de 2010, Oswaldo Álvarez Paz, opositor de Hugo Chávez, participou de um programa da Globovisión e falou da suspeita de aumento do tráfico de drogas na Venezuela, citando a decisão de um tribunal espanhol que se referiu a uma possível colaboração entre o governo e grupos "terroristas". Duas semanas depois, Álvarez Paz foi preso porque suas "declarações falsas" tinham causado "um medo infundado" no povo venezuelano. Em julho de 2011, ele foi condenado a dois anos de prião
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Em novembro de 2010, a emissora Tu Imagen foi alvo de críticas de José Ramírez, prefeito de um município do Estado de Miranda e aliado de Chávez. Ele escreveu à empresa Tele Red, dona do canal, pedindo o fim das transmissões, e acusou a Tu Imagen de ter transmitido "mensagens distorcidas contra o governo municipal" em uma entrevista "ofensiva". As transmissões da TV foram suspensas por supostas falhas no contrato, mas voltaram sob a advertência de não fazer críticas ao gverno