O furacão Michael se intensificou na madrugada desta quarta-feira, 10 de outubro, e pela manhã era considerado potencialmente catastrófico, com categoria 4, na escala Saffir-Simpson que vai até 5. Com ventos de 230 km/h, Michael avançava na manhã desta quarta-feira sobre a região da Flórida conhecida como Panhadle, no extremo oeste do estado, divisa com o Alabama e com a Georgia.
No boletim informativo do NHC de 12 UTC de 10/10/18 (09h00, em Brasília), Michael estava com ventos máximos sustentados de 230 km/h, com rajadas mais intensas, se movendo para norte com cerca de 20 km/h. O centro do furacão estava a aproximadamente 145 km ao sudoeste de Panama City e também a 145 km a oeste/sudoeste de Apalachiola, Flórida. Michael já é um furacão de categoria 4 e pode se fortalecer um pouco mais antes de tocar o continente.
Na trajetória prognosticada para os próximos dias, calculada pelo Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês), às 12 UTC de 10/10/18 (09h00 de 9/10/18, em Brasília), o furacão Michel vai avançar sobre a Georgia na madrugada desta quinta-feira, 11 de outubro, ainda como um furacão, embora menos intenso, e no decorrer do dia passa sobre a Carolina do Sul como uma forte tempestade tropical. Na sexta-feira, 12, Michael se mantém como tempestade tropical e passa sobre a Carolina do Norte e pelo litoral da Virginia voltando então para o mar, na costa leste dos Estados Unidos.
Mesmo como tempestade tropical, Michael terá potencial para provocar chuva muito volumosa e ventos fortes atingindo áreas que sofreram graves danos com a passagem do furacão Florence em meados de setembro de 2018.
Alertas de inundações e tornados
As ressacas e a elevação perigosa do nível do mar provocadas pela ventania do furacão Michael gera inundações destrutivas. Avisos do risco de chuva volumosa, enchente e tornados foram emitidos para a península da Flórida, Georgia, Alabama, Carolina do Sul, Carolina do Norte e Virginia.
Produção de petróleo reduzida
O furacão Michael provoca tempestades e ventania sobre o golfo do México, uma região de produção de petróleo e de gás natural. Diversas empresas que exploram a região reduziram a produção com a chegada do furacão.
Os impactos de Michael na produção de petróleo no golfo do México deve causar flutuações nos preços no mercado internacional. Isto afeta também o Brasil, pois o preço do combustível por aqui está vinculado ao preço internacional. Se o preço do barril sobe lá fora, o preço do combustível nas bombas sobe no Brasil, o que não é uma boa notícia nas vésperas de um feriado prolongado.
