A personalização tem se consolidado como um dos eixos da arquitetura de alto padrão e começa, antes das definições estéticas, pela construção de um briefing detalhado. Na we.arch, estúdio de arquitetura sediado em Balneário Camboriú e liderado pela arquiteta Maria Fernanda Wiethorn Aliano, os projetos são desenvolvidos a partir da análise do estilo de vida, das rotinas e das expectativas de quem irá ocupar o espaço.
"A escuta ativa é o ponto de partida. Traduzimos o cotidiano, as preferências e até hábitos específicos dos clientes em soluções funcionais e arquitetônicas", afirma a especialista. O processo inclui o mapeamento de comportamentos e dinâmicas de uso do imóvel, como a forma de receber convidados, os fluxos de circulação, a relação entre trabalho e descanso e a necessidade de ampliar ou reduzir determinados ambientes. Essas informações orientam decisões sobre layout, fluxos internos e escolha de materiais compatíveis com o uso real do espaço.
Em projetos residenciais voltados ao convívio familiar, o estúdio desenvolve soluções que ampliam áreas de uso coletivo e ajustam ambientes para receber grupos maiores. Já em residências com rotinas mais estruturadas, as decisões priorizam integração entre marcenaria, sistemas de armazenamento e recursos tecnológicos, com foco na funcionalidade.
A abordagem também se aplica a projetos que exigem soluções específicas, como ambientes com isolamento acústico, cozinhas adaptadas a rotinas gastronômicas particulares ou espaços dedicados ao bem-estar. "Quando compreendemos como o cliente utiliza o espaço, o projeto passa a refletir essa dinâmica de forma objetiva", diz Maria Fernanda.
Em alguns casos, a atuação da we.arch se estende à entrega completa do imóvel, com organização de itens pessoais e ambientação final. Segundo a arquiteta, o objetivo é permitir que o espaço esteja pronto para uso desde o primeiro dia.
Com projetos residenciais e corporativos em diferentes regiões do país, a we.arch estrutura seus trabalhos a partir da escuta ativa e da leitura do usuário como base para a concepção arquitetônica, incorporando demandas práticas e funcionais ao desenvolvimento dos espaços.