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MEC: 30% dos cursos tiveram desempenho insatisfatório no Enade

7 out 2013 - 11h49
(atualizado em 10/10/2013 às 09h11)
<p>Mercadante explica os dados obtidos a partir dos resultados do exame aplicado aos estudantes, que é um dos indicadores de qualidade da educação superior brasileira em 2012</p>
Mercadante explica os dados obtidos a partir dos resultados do exame aplicado aos estudantes, que é um dos indicadores de qualidade da educação superior brasileira em 2012
Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil

O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta segunda-feira os dados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) do ano de 2012. De acordo com os resultados, 30% dos cursos de graduação de cursos de humanidades – testados no ano passado - tiveram desempenho insatisfatório da prova. Pelo menos 2,7% alcançaram o conceito 1 – em uma escala que vai até cinco. Outros 27,3% alcançaram o conceito 2, que também é considerado insatisfatório.

Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o resultado do Enade foi positivo apesar do percentual insatisfatório. Segundo ele, 26,6% dos cursos de ciências sociais aplicadas, ciências humanas e áreas afins não participavam do Enade em 2009, ano em que haviam sido testados pela última vez. O percentual de cursos sem conceito caiu para 1,8%.

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“Cresceu proporcionalmente mais os conceitos 3, 4 e 5 do que o 1 e o 2. Dos cursos avaliados, 70% têm nota acima de 3, então tivemos um crescimento para a qualidade”, disse Mercadante. Segundo os dados divulgados pelo MEC, 43,9% das graduações alcançaram a nota 3, 19% a nota 4 e apenas 5,4% atingiram o nível mais alto, com conceito 5.

Para o ministro, um dos responsáveis pelo percentual desfavorável são as faculdades isoladas – aquelas que não pertencem a universidades ou centros universitários. Nessas instituições, 3% dos cursos ficaram com nota 1 e 32,7% com nota 2. As universidades, em comparação, registraram percentuais menores nos conceitos mais baixos (2,3% para nota 1 e 18,9%, conceito 2).

O ministério ressaltou, no entanto, que os 30% dos cursos mal avaliados não significam que o mesmo percentual de estudantes esteja com rendimento baixo. A base de cálculo leva em conta 6.306 cursos, pertencentes a 1.646 instituições de ensino superior.

“Quando a gente olha o conjunto, é bem menos de 30% dos estudantes”, disse o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Luiz Cláudio Costa. 

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O Enade tem por objetivo medir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos exigidos. O resultado nas provas é utilizado pelo MEC para compor o Índice Geral de Cursos - uma avaliação da qualidade da educação superior. 

O exame é um dos critérios de avaliação do Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicador que avalia faculdades. Uma nota ruim pode resultar no fechamento do vestibular. “Nós poderemos fechar o vestibular, como fizemos ano passado, de 200 vestibulares”, disse Mercadante.

Públicas melhores que privadas

Segundo dados do MEC, os cursos de instituições públicas tiveram um desempenho melhor que os das instituições privadas. Entre as públicas, os conceitos melhores (3, 4 e 5) superaram os inferiores. Dos cursos testados, 17% atingiram a excelência, 29,8% chegaram à nota 4 e 33,7% dos cursos atingiram a nota 3.

Já entre os cursos de instituições privadas o conceito mais elevado é o 3 (45,6%), seguido do conceito 2 (29,3%).

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Em novembro de 2013, o Enade testará alunos de cursos de saúde e ciências agrárias.

Fonte: Terra
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